BH tem até 5 operações por mês

Belo Horizonte recebe atualmente de três a cinco operações da campanha Sou pela Vida. Dirijo sem Bebida por mês. Uma vez por semana, forças de segurança, como as polícias civil e militar, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o Corpo de Bombeiros e agentes da Empresa de Transportes e Trânsito (BHTrans), se reúnem para traçar estratégias e definir dia, horário e local para as ações. Autoridades ligadas a realização das blitze, no entanto, relatam a redução da estrutura disponibilizada para a fiscalização.
“Quando começou a campanha houve realmente, por parte até da Seds, um aparato maior. A gente estava fazendo (blitze) quase diariamente. Havia realmente um recurso maior de outras instituições”, informou o tenente-coronel Cássio Eduardo Soares Fernandes, comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) da capital.
O coordenador de Operações Policiais do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), Anderson Alcântara Silva Melo, explica que a falta de efetivo impede a realização diária de operações à paisana. “Não acontece todos os dias até porque não temos nem efetivo para isso. Não temos efetivo e nenhum tipo de condição para isso”, pondera.
Especialistas ouvidos pela reportagem acreditam que as blitze da Lei Seca precisam ter visibilidade para fazer efeito. A redução no número de fiscalizações interrompe a mudança de hábito dos motoristas, que voltam a se sentir confortáveis para beber e dirigir. A introdução da nova cultura leva tempo e, portanto, precisa de investimentos. “A operação não pode ser tímida. As pessoas devem comentar, é preciso ter movimento. Se não, cai na vala comum das leis que não funcionam”, ressalta o consultor em trânsito Silvestre de Andrade.
Para o tenente-coronel Fernandes, a falta de apoio reduz o alcance das ações. “Quando é feita (operação) só pelo batalhão de trânsito, a gente tem só o nosso efetivo. Há condições de fazer só em alguns pontos da cidade”.
“Ao invés de ir aprofundando e crescendo, está acontecendo um decréscimo. O ambiente do trânsito poderia ser mais cidadão”, completa Andrade.
Diário. Além das blitze específicas da Lei Seca, o BPTran realiza, diariamente, no mínimo três operações de combate à criminalidade. Os policiais procuram por drogas, armas e verificam a documentação do veículo e do motorista. Quando os militares dessas operações se deparam com motoristas embriagados, eles são convidados a realizar o teste do bafômetro.
Por Aline Diniz, do O Tempo.

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