Visitantes podem testar diferentes modelos no Veículo Elétrico Latino-Americano

Quem visitar o Veículo Elétrico Latino-Americano poderá aproveitar diversas atrações que envolvem a vida elétrica. Entre as opções disponíveis, estão testes drive com veículos híbridos e elétricos, testes ride com bicicletas, patinetes, segways e vários itens movidos à energia, pista de kart elétrico e pilotagem de drones.

Rodrigo Soares, proprietário da Kart Fly, empresa responsável pelo teste de kart, comentou que o público tem adorado a pista e se surpreendeu com a aceleração e a melhoria de torque. “É a primeira vez que participamos e estamos gostando do evento. Somos a primeira pista de kart elétrico da América Latina. Aqui, o interessante é que podemos divulgar melhor nosso trabalho”, explica. A experiência dura cerca de dois minutos.

Uma atração em especial se destacou no pavilhão do Transamerica Expo Center, a pilotagem de drones. Lincoln Kodata, presidente da Associação Brasileira de Multimotores (ABM), conta que disponibiliza cinco modelos de drones e que o público vai melhorando conforme avança de modelo. “A nossa menor aeronave é pequena, quase um brinquedo, mas não é fácil manter estável. Quando as pessoas pilotam os outros drones, percebem a diferença no controle”, explica. Kodata também diz que muitos curiosos chegam ao espaço para conhecer mais sobre a tecnologia e seus alcances.

Outra área disputada é a de teste drive de carros híbridos e elétricos, com modelos da Volvo, Toyota e Renault, além das scooters da Riba e Cooltra. Jonas Pereira dos Santos, instrutor de elétrica de autos na Auto Jonas Elétrica e Treinamentos, testou o modelo Volvo XC90 e se surpreendeu. “É bem diferente. O carro é silencioso, tem uma outra pegada. Gostei muito da experiência”, contou. A Toyota disponibiliza seu famoso modelo híbrido, o Prius. E a Renault participa com seu elétrico, Zoe. Além dos carros, diversas bicicletas elétricas, diciclos e patinetes estão disponíveis na área de teste-ride. Todas as atrações funcionam até amanhã, 18, às 20h e são gratuitas

Indústria de baterias sofrerá boom de produção até 2020, confirma especialista da Moura Baterias

O Congresso de Mobilidade do Veículo Elétrico Latino-Americano, na manhã desta terça-feira, 18, bateu o martelo para o grande crescimento no segmento de baterias. A palestra abordou algumas perspectivas e ações realizadas ao redor do mundo para o desenvolvimento de novos tipos de bateria e na melhoria da infraestrutura para o carregamento de veículos elétricos. As novidades foram apresentadas por Juliano de Souza, gerente de negócios da Moura Baterias, que afirmou que, até 2020, todo o mundo passará por um boom na produção de baterias.

“A Moura criou há dois anos um braço de tecnologia dedicado apenas ao desenvolvimento da eletromobilidade, armazenamento de energia e toda a parte eletrônica que a nova geração de baterias demanda. Em paralelo, foi criada uma área dedicada a divisão de baterias de lítio. O mercado está começando a apresentar demandas para esses modelos de baterias, tanto em veículos, como em outros mercados”, contou o executivo.

Durante a palestra, Souza comentou outros insights importantes, como o compromisso das fabricantes em diminuir os níveis de CO² da atmosfera. Ainda nessa questão, um dado relevante que o palestrante trouxe foi que, com os próximos investimentos na área de tecnologia elétrica, 46 mil postos de trabalho na indústria automobilística à combustão deverão ser cortados, e em contrapartida, 250 mil novos postos serão criados através do desenvolvimento de novas tecnologias e serviços, derivados destas novas demandas.

O especialista também projetou que, a partir de 2025, haverá uma queda na produção de veículos à combustão, com os veículos híbridos ganhando maior popularização. Sobre a palestra, Souza disse que é importante apresentar cenários do mercado e de inovação aos participantes. “O que debatemos aqui e as pessoas que atingimos, assim como os retornos que elas nos dão, nos ajudam a entender como está o mercado, o que ele espera e como podemos responder a ele”, finalizou o executivo.

Compartilhamento é opção para o crescimento nas vendas de veículos híbridos e elétricos

O compartilhamento de veículos e as oportunidades de novos modelos de negócios foram assuntos debatidos durante o Congresso C-MOVE. Flávio Gomes Dias, associado sênior de pesquisa da IHS MARTIF, destacou que, para as empresas não perderem oportunidades de negócios, é necessário que o setor busque novas tecnologias e alternativas para competir com o compartilhamento.

Também presente no debate, o presidente do Conselho Nacional da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), Paulo Miguel Junior, apresentou que o mercado brasileiro de elétricos para aluguel é pequeno e se compara ao de veículos de luxo. Atualmente, já existem 600 veículos elétricos e híbridos plug-in disponíveis para locação. “Entendemos que o nosso setor é o maior player de mobilidade urbana do país. Forçosamente, esses paradigmas sobre veículos híbridos e elétricos vão mudar diante das novas necessidades de uso inteligente e ao mesmo tempo compartilhado dos meios de transporte”.

Dias também citou outro nicho que deve ganhar maior relevância nos próximos anos, os veículos autônomos. O palestrante acredita que os autônomos já são uma realidade e devem competir fortemente com o mercado de veículos compartilhados. “As empresas precisam buscar novas tecnologias para fazer frente ao compartilhamento e acredito que haverá um salto no uso de autônomos, o que será importante para a competitividade do mercado”.

Marcelo Fernandes, presidente da Tom Tom Brasil, seguiu no assunto e citou em sua apresentação a importância de investir em estudos para aprimorar os veículos autônomos. Para ele é necessário moldar o futuro da condução, oferecendo ao consumidor final segurança e comodidade.

Quanto ao futuro do elétrico, Fernandes comentou que nos Estados Unidos as pessoas só não usam mais veículos elétricos e híbridos plug-in por desconhecer locais fixos de recarga. “Nos Estados Unidos, a cada 12 eletropostos, um apresenta a possibilidade de recarregar o veículo para que ele percorra 170 km. Apesar disso, apenas 87% dos usuários conhecem essa possibilidade”.

O congressista Wilson Lage, engenheiro elétrico, enxerga que o debate sobre buscar novas alternativas para criar competitividade se faz necessário mediante o surgimento de novos aplicativos de caronas e compartilhamentos. “Novos modais tem que ser apresentados à sociedade de forma simples e descomplicada”.

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