Empresas querem atrair R$ 3 bi com IPOs no início de fevereiro

Laboratório Hermes Pardini e locadoras de veículos Movida e Unidas pretendem abrir capital na mesma semana.
A Unidas informou que pretende captar em sua oferta inicial de ações até R$ 1,055 bilhão, considerando o teto da faixa indicativa de R$ 15,15 a R$ 18,71. A precificação da oferta está prevista para o dia 9 de fevereiro.
Já na Movida, a faixa de preço indicativo foi estabelecida entre R$ 8,90 e R$ 11,30. Assim, com a colocação de todos os lotes e considerando ainda o teto do intervalo proposto, o IPO poderá movimentar R$ 1,184 bilhão.
A precificação das ações no âmbito da oferta está marcada para o dia 6 do próximo mês.
Já existem duas locadoras de veículos – Localiza e Locamérica – com ações em Bolsa. Como já há empresas do mesmo segmento listadas, os múltiplos das quatro empresas devem balizar as decisões do investidor.
A primeira janela do ano para emissão de ações no mercado brasileiro poderá ser a mais movimentada desde 2011, se forem concretizadas as aberturas de capital de Unidas e Movida, ambas do setor de locação de veículos, e da Hermes Pardini, de diagnósticos médicos. Juntas, essas três ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) poderão alcançar R$ 3 bilhões.
Além de poderem marcar o início da retomada do mercado de capitais no Brasil, que viveu uma monotonia nos últimos anos, as três ofertas previstas para o início de fevereiro servirão como um termômetro de como está o apetite do investidor estrangeiro na Bolsa brasileira – cerca de 70% do volume ofertado em emissões de ensino acabam nas mãos de cotistas internacionais.
Na primeira janela do ano passado, que vai até o início de fevereiro, a Bolsa brasileira foi palco de uma oferta subsequente (follow on), a da BR Pharma, de R$ 400 milhões. No entanto, essa operação, que ocorreu no modelo da oferta com esforços restritos, foi realizada no contexto de alto endividamento da empresa, sendo seu controlador, o banco BTG Pactual, subscreveu a totalidade das ações ofertadas, diluindo os demais acionistas. Ou seja: na prática, tratou-se de um aumento de capital privado.
Conforme as regras de listagem, até o início de fevereiro, as empresas podem ir a mercado apresentando, em seus prospectos, as informações financeiras atualizadas até o terceiro trimestre deste ano. Neste mesmo período de 2014 e 2015, não foi registrada na primeira janela do ano nenhuma oferta.
Em 2013, houve um IPO (Linx) e o follow on da Estácio. As duas operações movimentaram cerca de R$ 1,3 bilhão. Em 2012, novamente, não houve nenhuma oferta de ações na primeira janela. Em 2011, foram a mercado Arezzo, SierraBrasil, Tecnisa, Autometal, BR Brokers, QGEP, Direcional e Magnesita. Somado, o volume movimentado foi pouco superior a R$ 4 bilhões.
Entraves. Apesar do retorno dos IPOs previsto para 2017, os valores ainda estão distantes dos vistos no momento áureo do mercado de capitais brasileiro: em 2007, as ofertas da primeira janela do ano somaram R$ 6,7 bilhões.
Além disso, a tarefa para destravar as três ofertas em curso neste ano não será fácil, visto que o cenário político e econômico no Brasil ainda é difícil. As empresas e os bancos de investimento terão que fazer um trabalho de convencimento com os investidores na apresentação das ofertas aos investidores.
Em 6 de fevereiro, será divulgado o preço das ações da Movida no âmbito da oferta inicial – se o valor sair no topo das expectativas, a locadora poderá movimentar até R$ 1,184 bilhão. No dia 9, Unidas e Hermes Pardini terão definidos o preço de seus papéis, esperando atrair, respectivamente, até R$ 1,055 bilhão e R$ 1,03 bilhão.
Fonte: Exame, Folha de São Paulo e Estadão 

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