Valid se reposiciona estrategicamente e muda sua logomarca
A Valid apresentou um novo posicionamento estratégico ao mercado, junto com uma nova logomarca (veja abaixo). A partir de agora a empresa divide a sua atuação e seu portfólio de produtos e serviços em quatro verticais de negócios: Valid ID (emissão de documentos, identificação biométrica etc); Valid Pay (pagamentos, emissão de boletos etc); Valid Link (SIMcards, eSIM, RFID etc); e Valid Cities (soluções para cidades inteligentes e prefeituras, como estacionamento digital e mapeamento de áreas construídas).
Ao mesmo tempo, foi anunciada uma nova composição do seu conselho de administração, que passa a contar com os seguintes nomes: Claudio Almeida Prado, Fiamma Zarife, Henrique Bredda, Guilherme Affonso Ferreira, Marcílio Marques Moreira e Sidney Levy. O conselho atuará dividido em três comitês temáticos: auditoria; remuneração; e desenvolvimento de negócios.
Expansão da atuação
Dentro do seu reposicionamento estratégico, a Valid quer alavancar os negócios em cada uma das verticais mencionadas aproveitando sua reputação e experiência em projetos governamentais e de grandes empresas, ao mesmo tempo em que desenvolve internamente novos produtos e serviços digitais.
“Queremos ser o principal agente de transformação digital de nossos clientes, sejam empresas ou governos”, disse o CEO da Valid, Ivan Murias, durante evento online da empresa nesta quinta-feira, 22.
Na área de documentos e identificação biométrica, foi citada a perspectiva de forte crescimento a curto prazo em razão da demanda reprimida provocada pela pandemia: a emissão de CNHs e RGs no Brasil caiu pela metade em 2020. Conforme a população for vacinada, esse volume represado vai aparecer, favorecendo empresas como a Valid, que estão bem posicionadas nesse segmento – em 2019 a companhia respondeu pela emissão de 78% das CNHs e 52% dos RGs no País.
Na vertical de cidades, a Valid destaca dois produtos: uma solução de estacionamento digital com pagamento pelo smartphone, instalada em 25 cidades, incluindo Guarulhos; e uma solução de mapeamento de área urbana construída a partir da comparação de imagens tiradas por veículos no solo e por drones, aprimorando a fiscalização de prefeituras e o aumento da arrecadação de IPTU.
No segmento de SIMcards, a Valid afirma que ainda há muito a crescer em razão da migração para o 5G e também por conta da expansão da Internet das Coisas (IoT), que demandará chips para novos aparelhos. Além disso, a empresa aposta em eSIM e no fornecimento de sua plataforma para gerenciamento de assinantes e de um sistema operacional de eSIM para OEMs.
“Os SIMcards ainda serão muito relevantes por pelo menos mais cinco anos. O churn de 2G para 3G levou oito anos. Para 4G foram seis anos. E ainda temos entre três e quatro anos para fazer a migração do 4G para o 5G. Estamos acompanhando isso globalmente”, disse o CEO da Valid. “Esse mercado vai evoluir, saindo de chips tradicionais para eSIM, gerenciamento de assinantes e sistemas operacionais. A Valid está se capacitando para fazer essa transição, que deve representar mais receita e aumentar as margens”, completou.
Dados financeiros
A Valid registrou receita de R$ 1,9 bilhão em 2020, o que representa um crescimento médio anual de 9% nos últimos dez anos. 48% do faturamento vem da América do Sul e 52%, do resto do mundo.
A receita da América do Sul está dividida da seguinte forma: 49% (R$ 451 milhões) vêm de soluções corporativas; 34% (R$ 316 milhões), de soluções para governos; e 17% (R$ 158 milhões), de soluções digitais.