Venda de veículos novos encerra 2020 com maior queda dos últimos cinco anos

O ano de 2020 marcou a primeira grande queda do mercado automotivo desde o tombo de 2015. Segundo dados divulgados pela Fenabrave, a venda de veículos novos caiu 26,16% ao longo do ano, o que já era esperado pelas montadoras. O principal motivo do declínio foi a pandemia de COVID-19, que chegou a interromper a produção por algumas semanas e deixou muitas pessoas desempregadas, afetando diretamente o mercado.

Em 2020 foram emplacados aproximadamente 2,06 milhões de veículos de todos os tipos, ficando muito abaixo dos números de 2019, que ultrapassou os 2,70 milhões. Essa baixa ainda não superou a de 2015, que atingiu os 25,66% em meio à recessão brasileira, o que inclusive surpreendeu os fabricantes, que esperavam uma queda muito pior.

Parte dessa queda também se deve à falta de peças e componentes utilizados na fabricação, outro impacto da COVID-19. Com a breve paralisação das fábricas e posteriormente a produção com menos operários, o ritmo foi muito afetado e não havia produtos para atender toda a demanda. Se não fosse por isso, as vendas teriam sido consideravelmente melhores, principalmente pela longa fila de espera que se formou com clientes de frotas.

Dos 2,06 milhões de veículos vendidos, a maioria foi comprada por locadoras. Os carros adquiridos para uso pessoal ficaram em baixa, principalmente pela queda do poder aquisitivo das pessoas durante a pandemia, além dos altos níveis de desemprego.

Dezembro marcou o melhor mês de 2020 para o mercado automotivo, registrando um crescimento de 8,43% e vendendo quase 195 mil veículos. A previsão para 2021 é otimista, estimando um aumento de 16% nas vendas de veículos novos, tendo como base a expectativa no crescimento do PIB e uma possível melhora na economia do país.

Para aqueles que ainda não podem arcar com as despesas de um carro novo, o aluguel de carros vem se mostrando uma alternativa cada vez mais viável, principalmente para quem planeja trabalhar como motorista de aplicativo. O custo da mensalidade geralmente fica consideravelmente abaixo de uma parcela de carro zero e a pessoa ainda tem à sua disposição um veículo novo, com todos os recursos dos últimos modelos lançados no mercado.

O crescimento do mercado automotivo será gradual ao longo dos meses e, no momento, pouca coisa vai mudar, levando em consideração que a pandemia de COVID-19 continua afetando todos os setores e muitos produtos continuam em falta. A previsão de melhora fica para o segundo semestre, quando provavelmente tudo começará a caminhar para seu normal.

FONTE: CORREIO DA AMAZÔNIA

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