Volvo e Uber anunciam aliança para desenvolvimento de carros autônomos
A Volvo anunciou nesta quinta-feira uma aliança de US$ 300 milhões com a Uber para o desenvolvimento de carros autônomos, no mais recente anúncio envolvendo parceria de uma montadora de veículos com uma companhia do Vale do Silício.
A parceria permitirá que a montadora sueca controlada pela chinesa Geely e a Uber compartilhem recursos para o desenvolvimento de capacidades de direção autônoma do modelo utilitário esportivo XC90. O investimento será compartilhado igualmente por ambas as empresas.
As empresas de transporte urbano por aplicativos têm formado alianças com grandes montadoras de veículos para acelerarem esforços para o lançamento de carros que não precisam de motoristas.
Companhias como Uber vão conseguir grandes economias com o item de maior custo, seus próprios motoristas, se conseguirem incorporar os veículos autônomos em suas frotas.
A Toyota já anunciou que está investindo na Uber e a rival Volkswagen está apoiando a Gett, uma empresa de transporte via aplicativo. Enquanto isso, a GM comprou uma participação na Lyft, rival da Uber.
Na aliança com a Volvo, a Uber vai comprar veículos da marca e instalar seus próprio sistema de direção sem motorista. Enquanto isso, a Volvo vai usar o mesmo veículos para seu próprio projeto de direção autônoma, que é baseado em um plano que ainda prevê um motorista no veículo.
– A Volvo é uma líder no desenvolvimento de veículos e a melhor do ramo quando o assunto é segurança, disse Travis Kalanick, presidente-executivo da Uber.
Os carros autônomos que a Volvo está imaginando serão como veículos normais, mas que podem alertar ao motorista quando o modo de piloto automático pode ser ativado.
Uber entra na Justiça
O Uber entrou na Justiça contra novas regras em Londres, tais como testes de escrita em inglês para seus motoristas, na mais recente batalha entre os reguladores e o aplicativo de serviço de transporte urbano que tem enfrentado proibições e protestos em todo o mundo.
Após meses de manifestações de motoristas dos famosos táxis pretos da capital, o órgão público do setor de transporte da capital inglesa Transport for London (TfL) lançou uma consulta no ano passado sobre uma série de propostas para restringir a forma como empresas de aluguel privado operam.
Em janeiro, o TfL decidiu contra a imposição de tempo de espera de cinco minutos para corridas em serviços como Uber, que permite aos clientes reservar e pagar por um táxi em seus smartphones, mas informou que iria trazer medidas, incluindo testes obrigatórios de língua.
Nos últimos meses, o regulador deu mais detalhes, incluindo que os motoristas devem ter habilidades de inglês para leitura e escrita, que as empresas privadas de aluguel devem operar um call center em Londres e que os condutores devem ter seguro de veículos, mesmo quando não estão sendo usados como carros de aluguel privado.
– As regras do jogo mudaram no último minuto e novas regras estão agora sendo introduzidas que serão ruins para ambos os motoristas e empresas de tecnologia, como Uber – disse o gerente geral do Uber em Londres, Tom Elvidge.
Da Reuters.