Produção aumenta e trabalhadores começam a retomar postos nas fábricas
De Estadão
Em julho, a produção subiu 22,4% no Brasil e no mês seguinte, as vendas atingiram no total 216,5 mil veículos, tornando agosto o melhor mês desde dezembro de 2015. Com a alta nos emplacamentos, as fábricas passaram a aumentar o volume mensal. A expectativa é de que as vendas serão superiores a 4% em 2017, conforme previsão de Anfavea.
A entidade que reúne as montadoras deve anunciar nos próximos dias um ligeiro aumento da produção em agosto e uma revisão da previsão, que deve ser superior aos 4% para este ano. Espera-se algo em torno de 5%, o mesmo percentual de 2016. Atualmente, o saldo é de 4,3%. Com todo esse movimento indicando uma recuperação lenta, porém, progressiva, indica também mudanças nos postos de trabalho.
Em torno de 25 mil empregados estavam em layoff ou PSE (Programa de Seguro Emprego) há um ano. Agora, esse número caiu para 12 mil e já está previsto o fim desses dois programas nos próximos meses. A recuperação nas atividades faz com que funcionários afastados voltem a assumir suas posições nas linhas de montagem.
Na Volkswagen, a fábrica da Anchieta, no Grande ABC, trabalha atualmente com um turno, mas até o final do ano, três turnos estarão em plena operação, fazendo com que a velha planta funcione 24 horas por dia. A dupla Polo/Virtus é responsável pelo novo ritmo, baseado também no aumento das vendas e das exportações. A VW também encerrou o turno reduzido em Taubaté, pensando também no aumento das vendas, mas de olho mesmo nas exportações. A empresa quer elevar os números em 50%.
Na Renault, a produção Kwid foi elevada para dar conta da demanda e isso gerou a contração de 700 novos empregados para um terceiro turno e agora outros 600 entrarão no quadro para fazer a planta de São José dos Pinhais operar 24 horas por dia. Na fabrica de caminhões da MAN, em Resende, a empresa contratou 70 funcionários para um aumento na produção. A marca alemã também festejou um recente contrato de 400 caminhões.
De acordo com a Fenabrave, o aumento nas vendas é um reflexo da percepção de melhora da economia por parte dos consumidores e também de empresas. Isso gera um aumento na confiança de emprego e de negócios, que permite uma procura maior por veículos novos para uso próprio ou comercial. Redução nas taxas de juros e decréscimo do desemprego ajudam a reforçar essa tendência de uma recuperação do mercado nos próximos anos. Assim, espera-se que as contratações voltem a ser frequentes nos próximos meses.
Fonte: Notícias Automotivas