Baterias para carros elétricos estão ficando mais baratas do que as marcas esperavam
Provavelmente não vai demorar aos carros elétricos se equipararem aos convencionais em termos de custos. O custo das baterias, que é o maior responsável pelo preço mais elevado dos veículos plugados na tomada, caiu vertiginosamente entre 2007 e 2014.
Em 2007, o custo médio de uma bateria de lítio para automóveis era de US$ 1.000/kWh. Sete anos depois, já era de US$ 450/kWh. A redução foi tão drástica, que superou as estimativas iniciais, que apontavam um valor pouco acima do visto em 2014 para o ano de 2020.
No entanto, esse custo médio ainda está alto e longe dos carros a gasolina. Mesmo assim, já se estima que em 2020, o custo ficará entre US$ 200 e US$ 250 por kWh. O valor mágico para fazer o consumidor comum escolher na hora da compra é US$ 150/kWh.
Especialistas dizem que com esse custo médio da bateria de um carro elétrico, o mesmo pode rivalizar em preço com um similar a gasolina. Não se sabe ao certo quando a indústria chegará a ele, mas isso não deve demorar muito, se as previsões forem novamente superadas antes do tempo.
Os custos dos materiais das baterias de lítio estão caindo em uma velocidade acima da expectativa dos fabricantes e já possível, por exemplo, fazer um comparativo de uma bateria estacionária para residência.
Em 2014, uma unidade de lítio residencial custava US$ 23.429 nos EUA, mas no começo desse ano, a Tesla impactou o mercado com a Powerwall custando a partir de US$ 3.500 com mais US$ 500 de instalação. Ou seja, uma redução dramática de um ano para o outro em um mercado ainda pouco explorado.
A Tesla Motors está investindo US$ 5 bilhões na já famosa “Gigafactory”, que ficará em Reno, Nevada. Ela está sendo feita em parceria com a Panasonic e deve reduzir ainda mais o custo das baterias dos carros da marca, assim como das estacionárias. Hoje, o custo médio no Model S chega a US$ 310/kWh. Na Nissan, o Leaf registra algo em torno de US$ 300/kWh.
Outros fabricantes não abrem valores, mas é possível imaginar que suas baterias de lítio apresentam custos mais baixos que US$ 450 kWh. A GM aposta no Chevrolet Bolt, um monovolume de US$ 30.000.
Nessa mesma faixa, a Tesla pretende emplacar o Model 3. Os incentivos federais e estaduais nos EUA ajudam bastante o consumidor interessado, pois podem cortar até US$ 12.500 no preço. De modo global, a produção de baterias de lítio – lembrando que até a Itaipu vai faze-las – deverá aumentar muito e o custo cair de forma muito mais rápida.
Mercado
A China é atual um grande incentivador dos elétricos, embora ainda eles não tenham recebido uma atenção maior do consumidor, ao contrário das autoridades, que praticamente obrigaram até a criação de submarcas específicas para este segmento.
A Alemanha, por exemplo, quer 1 milhão de elétricos em 2020. Ainda assim, o país espera que os custos caíam por conta própria, evitando dar grandes ajudas ao setor automotivo. Assim, todos os principais mercados do mundo já estão fazendo ajustes para a entrada cada vez maior dos elétricos. No Brasil, a iniciativa é das montadoras e o governo pouco fez até o momento.
Fonte: Notícias Automotivas