BMW aposta em retomada econômica do Brasil para elevar vendas
No acumulado do ano até maio, as vendas da BMW estão 50% maiores do que no mesmo período de 2020
A BMW AG espera vender significativamente mais carros premium no Brasil este ano, ao esperar que a maior economia da América Latina saia da pandemia para um período de retomada sustentável.
A montadora alemã prevê que suas vendas no Brasil aumentem 10% em relação aos níveis de 2019, à medida que a vacinação se acelera e o ambiente de negócios melhora.
No acumulado do ano até maio, as vendas da BMW estão 50% maiores do que no mesmo período de 2020.
“Acreditamos numa retomada e nossa estratégia, pautada na digitalização e nos clientes, tem mostrado resultado e nos da confiança de permanecermos no Brasil”, disse Aksel Krieger, presidente da BMW Brasil em entrevista. “O ambiente de negócios deve melhorar e isso dá muito mais força para o nosso futuro”.
A Ford Motor Co. encerrou em janeiro um século de produção de automóveis no Brasil – fechando três fábricas que empregavam 5 mil pessoas – como parte de uma reestruturação mais ampla das operações de baixo desempenho.
A Mercedes-Benz encerrou, em dezembro, a montagem de automóveis em Iracemápolis. A BMW planeja manter sua unidade de montagem em Araquari, Santa Catarina, que pode produzir até 32.000 carros, embora atualmente use apenas cerca de 30% da capacidade.
As vendas de automóveis despencaram 26,2%, para 2,06 milhões de unidades no Brasil em 2020, interrompendo um período de três anos de crescimento, colocando o país como sétimo maior mercado global em vendas.
A BMW interrompeu a produção em Araquari entre abril e maio do ano passado e recorreu às vendas online, por meio do Instragram, Facebook (FB) e de uma parceria com a Farfetch Ltd., plataforma de comércio eletrônico de luxo.
“Fortalecemos muito a nossa parte digital, havia muita coisa no gatilho e a pandemia antecipou isso”, disse Krieger. “Fizemos cinco anos em um na parte digital”.
Krieger atribui uma decisão futura sobre investimentos em modelos eletrificados na fábrica brasileira à previsibilidade e à demanda do mercado. “Quanto mais isso aumentar ajudará numa decisão de investir na produção de elétricos no Brasil”, disse ele sem dar detalhes.
Fonte: moneytimes.com.br