Ford Ranger 2017 começa em R$ 99,5 mil
A Ford mostrou a linha 2017 da Ranger, que recebeu uma nova dianteira, mudanças no painel, nos motores e mais itens de segurança e tecnologia. Em maio chegam as versões a diesel, com preço inicial de R$ 129,9 mil e tração 4×4 de série. Uma novidade é a opção automática para a XLS 2.2 diesel, com tabela de R$ 142,9 mil.
Em junho vêm as opções flex, somente com tração 4×2 e tabela inicial de R$ 99,5 mil. A garantia de toda a linha passou de três para cinco anos (veja aqui). Neste primeiro momento só haverá cabine dupla. “A produção da cabine simples parou com a entrada da linha 2017. A procura é muito pequena e por isso só será vendida por encomenda e na versão XL”, revela o gerente-geral de marketing, Oswaldo Ramos. A opção Sport sai de linha.
A versão latino-americana da Ranger é feita na fábrica de Pacheco, na Argentina, que recebeu US$ 220 milhões em atualizações para produzir o novo modelo. Os motores Duratorq diesel também são argentinos. O 2.5 flex é mexicano. Sobre os demais componentes, o diretor de marketing, vendas e serviços, Guy Rodriguez, afirma que não houve mudança na estratégia de localização.
Pacheco foi a última fábrica a atualizar a picape. A reestilização chegou primeiro à produção chinesa, em maio de 2015. Em junho entrou em linha na África do Sul e em agosto foi introduzida na Índia e na Tailândia. De acordo com a Ford, a Ranger rodou 1 milhão de quilômetros em testes para se adequar aos 180 diferentes mercados em que é vendida.
Na dianteira mudou tudo: grade, faróis e para-choque, com muitos cromados na Limited, topo de linha. A Ford também mudou painel, quadro de instrumentos e volante. Nos motores a diesel foram trocados bicos injetores, turbos e sensores de controle de temperatura dos gases de escape. “A Ranger ficou até 15% mais econômica e baixou as emissões em até 16%”, afirma o chefe de engenharia, Enéas Lamoglie. O propulsor 2.2 diesel de quatro cilindros passou de 150 para 160 cavalos. O 3.2 de cinco cilindros manteve os 200 cv.
Segundo Lamoglie, parte da economia obtida com a picape vem dos pneus verdes Bridgestone Dueler que equipam a opção Limited. Parte vem do emprego da direção com assistência elétrica, que substitui a hidráulica também com vantagem importante na redução do esforço em manobras de estacionamento, sem tirar a firmeza necessária andando em estrada.
A transmissão automática de seis marchas recebeu modificações no conversor de torque e no sistema eletrônico de controle. Elas melhoraram desempenho, dirigibilidade e resultaram também em redução de consumo.
O motor 2.5 flex manteve a potência máxima de 173 cv quando abastecido com etanol, mas recebeu sistema Easy Start de partida a frio, que dispensa o tanquinho de gasolina.
A Ford fez alguns reforços tanto no chassi como na carroceria, adotou coxins hidráulicos para os motores a diesel e mudou os coxins de borracha da carroceria. Com isso a picape teve ganho na suavidade em marcha lenta e no conforto em estrada.
MAIS SEGURA
Desde a opção XLS a linha Ranger tem agora sistema Isofix para prender as cadeirinhas infantis, sete airbags, cintos de três pontos e encostos de cabeça para todos os ocupantes, mais um conjunto de recursos eletrônicos chamado pela Ford de Advanced Trac. Ele reúne, entre outros, controles eletrônicos de estabilidade, tração e anticapotagem, assistente de partida em rampas, controle automático para descidas e assistente para frenagens de emergência.
Ainda na área de segurança, a Ranger XLT passa a trazer de série monitoramento da pressão dos pneus, câmera de ré e o MyKey, que permite a configuração de uma das chaves do carro com várias funções de segurança. Com o recurso é possível limitar a velocidade máxima, o volume do som e impedir o desligamento de recursos como controle eletrônico de estabilidade, sensor de estacionamento e inibe chamadas de celular. Assim, o MyKey ajuda a manter em segurança aqueles pós-adolescentes de miolo mole que pegam a picape emprestada.
A versão 3.2 diesel Limited passa a ter piloto automático adaptativo, que permite ajustar a velocidade da picape e também a distância do veículo à frente. A Limited incorporou também o alerta de colisão. Ele se utiliza de um radar frontal que detecta o risco de um impacto, emite aviso luminoso alertando que a distância mínima foi atingida e faz com que os freios sejam pré-carregados para uma resposta mais rápida.
Outros itens adotados nesta versão mais completa são os faróis altos com acendimento automático e o sistema de permanência na faixa, que identifica a pintura das pistas de rolamento por uma câmera instalada no para-brisa e faz o volante vibrar quando o veículo passa por cima da sinalização. Se o motorista não responder, o recurso fará pequenas correções por intermédio da direção elétrica até colocar o veículo dentro da faixa.
CONECTIVIDADE EM TODA A LINHA
A Ford oferece o sistema Sync para toda a linha e por isso a nova Ranger conta com a função assistente de emergência, que faz uma ligação para o Samu sempre que um dos airbags disparar. Na versão XLS o Sync tem tela de 4,2 polegadas, CD player/MP3, entradas auxiliares, comandos de voz para áudio e controles de som no volante.
Nas caminhonetes XLT e Limited ele inclui navegador GPS, tem tela de oito polegadas, leitor de cartão de memória, comando de voz para áudio, telefone, GPS, climatização e também está associado aos controles de áudio no volante.
Automotive Business dirigiu em trechos fora de estrada e andou como passageiro em rodovias argentinas em uma Limited 3.2 diesel, que traz de série tração integral e câmbio automático com seis marchas. A Ranger continua agradável de dirigir e com bom nível de conforto. O acabamento está um pouco aquém de um veículo de quase R$ 180 mil pelos materiais plásticos empregados no painel, nas portas, assentos e pelo revestimento pouco uniforme dos bancos (esticado em alguns pontos e meio frouxo em outros).
O conforto no banco traseiro é bom e compatível com as concorrentes. Pular essas picapes médias sempre pulam, ainda mais com a caçamba vazia, mas a Ranger mantém o conforto aceitável até mesmo em piso ondulado.
O novo quadro de instrumentos tem leitura fácil e a tela de oito polegadas no centro do painel (XLT e Limited) facilita a interatividade. A Ranger vai bem em qualquer trecho fora de estrada por causa do bloqueio do diferencial, que impede a patinagem das rodas mesmo quando uma delas fica totalmente suspensa.
A Limited diesel roda em 4×2, 4×4, 4×4 reduzida e seu câmbio automático permite trocas manuais, mas só pela alavanca de mudanças. Assim como a concorrente Toyota Hilux, não tem as borboletas atrás do volante.
As versões manuais mantêm a transmissão de seis marchas para as picapes Ranger a diesel e a de cinco velocidades para o flex.
Veja abaixo a lista de preços da Ranger 2017:
XLS 2.5 flex 4×2 manual: R$ 99,5 mil;
XLT 2.5 flex 4×2 manual: R$ 109,5 mil;
Limited 2.5 flex 4×2 manual: R$ 118,5 mil;
XLS 2.2 diesel 4×4 manual: R$ 129,9 mil;
XLS 2.2 diesel 4×4 automática: R$ 142,9 mil;
XLT 3.2 diesel 4×4 automática: R$ 166,9 mil;
Limited 3.2 diesel 4×4 automática: R$ 179,9 mil.
Os preços da nova Ranger foram divulgados em 8 de abril. As versões a diesel estão previstas para maio e as flex, para junho apenas.
Por Mário Curcio, do AB, de Puerto Iguazú, na Argentina.