Frota de veículos cresce mais que o dobro da população

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ABC possui atualmente uma frota de 1.179.401 veículos e, segundo o IBGE, 2.684.066 habitantes.

Foto: Morgana Volpati

O aumento do número de veículos na região retrata o caos que vivemos no trânsito. No último ano, mais de 37 mil veículos passaram a integrar a frota de automóveis do ABC,volume mais do que o dobro do crescimento da população. Segundo último balanço divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população do ABC teve crescimento de pouco mais de 18 mil pessoas entre 2013 e 2014 e chegou a 2.684.066 habitantes. Hoje, o número de veículos alcançou a marca de 1.179.401 na região.
São Bernardo foi o município da região que teve crescimento populacional mais significativo, com aumento de quase seis mil pessoas. Já o número de veículos no município aumentou quase três vezes mais: foram 14.019 novos veículos na praça.
Em Santo André, foram 2.671 pessoas a mais, enquanto o número de veículos chegou a 370.285 – um aumento de aproximadamente 6,5 mil automóveis em relação ao ano passado.
Diadema também teve aumento de quase três mil pessoas no período de um ano. Já o número de carros teve um aumento significativo: mais de seis mil veículos a mais passaram a rodar no município.
Em Mauá, o crescimento ultrapassou a marca de quatro mil pessoas e a quantidade de carros alcançou aumento de quase sete mil automóveis.São Caetano foi uma das cidades que teve menor crescimento: apenas 843 pessoas; No último ano, 1.741 veículos passaram a transitar a mais pela cidade.
Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra também tiveram baixo crescimento (cerca de 700 pessoas). E o número de carros não foi diferente. Alcançou aumento de 828 em Rio Grande da Serra, e 1.156, em Ribeirão Pires.
O número de motos também cresceu. Aproximadamente 10.500 motos a mais passaram a rodar na região.
Visão positiva
Leandro Prearo, gestor do INPES (Instituto de Pesquisa) da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), acredita que os benefícios econômicos trazidos pelo aumento da frota, prevalecem sobre os impactos negativos no trânsito. “Vejo isso como positivo, pois indica o crescimento econômico, que leva a população a consumir mais, que gera maior crescimento econômico”, explica. O especialista acrescenta que a questão do caos no trânsito traz problemas, mas acredita que o número de veículos não é o prinicpal fator. “O caos no trânsito vai continuar, principalmente nas divisas entre municípios”, opina.
Segundo Prearo, quem compra veículos é a classe A e B. “Apenas 30% da classe C possuem um automóvel. Se as condições de financiamento continuarem, o número de veículos tende a crescer mais”, afirma. Para o pesquisador, uma das soluções para o problema da mobilidade urbana será a chegada do monotrilho na região. “Quarenta por cento da população do ABC trabalham fora de seu município, o metrô pode melhorar um pouco isso”, diz.
Fonte: Repórter Diário

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