Golf híbrido já roda no Brasil e pode ser solução para VW
Há uma outra questão: vender o modelo no Brasil ajudaria a melhorar a média de emissões da gama local da Volkswagen, item importante para obter benefíicios oriundos do programa Inovar-Auto. Grosso modo, quanto menos uma montadora polui, mais descontos em impostos ela obtém.
Não custa lembrar que a Volks teve sua reputação manchada pelo escândalo em torno da fraude nas emissões poluentes de seus motores a diesel — um caso que atingiu também o nosso mercado, onde foram vendidas cerca de 17 mil picapes Amarok com o software “malandro”. Um carro “verde” como o Golf GTE, embalado numa bela campanha de marketing, pode funcionar como uma esponja para limpar a sujeira.
Marco Antônio Bottacin, executivo de desenvolvimento estratégico da Volks, disse num recente evento da SAE (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade) que ainda não há um prazo para o eventual lançamento do Golf GTE. “Está tudo em estudo, precisamos verificar a viabilidade técnica e econômica”, afirmou, segundo a publicação Automotive Business.
Conforme se vê nas fotos desta reportagem, os testes do hatch híbrido estão acontecendo sem qualquer preocupação com sigilo (pelo contrário: repare na enorme faixa de identificação na lateral). Uma unidade foi fotografada há algumas semanas por CARRO ONLINE num condomínio no interior de São Paulo; supostamente, ela pertence a um executivo da empresa que trabalha no ABC. O modelo já foi apresentado ao público brasileiro no Salão do Automóvel de São Paulo em 2014.
O Golf GTE usa o conhecido motor 1.4 TSI (turbo) de 150 cv e um elétrico de 102 cv, cuja combinação de performance resulta em 205 cv de potência e torque de 35,7 kgfm. Trabalhando em conjunto com o câmbio DSG (dupla embreagem), levam o carro de 0 a 100 km/h em 7s6, e a uma velocidade final de 222 km/h. No evento da SAE, Bottacin lembrou que as emissões de gás carbônico, causador do efeito estufa, são de apenas 30 g/km.