Nissan anuncia planos para 2016
Exportação, novo carro na linha de produção, March e Versa automáticos: algumas das metas para este ano
O que antes era apenas experimental, vai circular pelas vias brasileiras. Aliás, mais do que isso, irá nascer em solo verde e amarelo desde sua origem.
Falo do Nissan Kicks, o qual tem sua inspiração em um carro conceito, de mesmo nome, apresentado no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo em 2014, pela primeira vez, e depois no Salão de Buenos Aires, em junho de 2015.
“O Kicks será um produto global, mas introduzido primeiramente no Brasil pela América Latina, sendo produzido em Resende, no Rio de Janeiro, e exportado para a região em um movimento que adicionará 600 novos empregos”, declara o presidente e CEO da Nissan Motor Company, Carlos Ghosn.
Para aumentar a produção local, a marca investirá, nos próximos três anos, R$ 750 milhões. A planta de Resende foi inaugurada em março de 2014 e produz atualmente os modelos Versa e March.
Ainda não tem data marcada divulgada o lançamento do Kicks, no entanto as apostas são para antes das Olimpíadas no Rio, em agosto. Como patrocinadora oficial do evento, tudo leva a crer que a marca queira mostrar sua cereja de 2016 antes da grande festa olímpica.
Mercado
Em um segmento em que houve retração de 25,59%, considerando os números de comerciais leves e dos carros de passeio, a Nissan cresceu em participação. Saiu de 2,17%, nessa mesma categoria, para 2,47%.
E para este ano, conforme Ghosn, os planos para a marca não são pequenos. “O nosso objetivo é simples: nós queremos que a Nissan esteja no Top 3 das marcas de automóveis da América Latina. Nós temos potencial para isso”, anuncia em coletiva para a imprensa automotiva especializada, a qual o caderno Auto foi com exclusividade no Ceará.
Para 2016, mais do que isso. “Vamos ampliar a nossa porcentagem de itens nacionalizados para nos tornarmos uma base competitiva de exportação para toda a América Latina”, pontua Ghosn.
Razão do investimento nessa área? “As montadoras que têm maiores índices de nacionalização são as que sofrem menos, por causa da contração do mercado e da desvalorização da moeda. Porque quando você importa peças, acessórios e carros, fica muito difícil hoje manter os negócios sucedidos. Então, nós estamos puxando hoje para uma taxa máxima de nacionalização”, explica o CEO da Nissan.
Por exemplo, segundo François Dossa, presidente da Nissan no Brasil, a meta é aumentar o índice do March a 80% até o fim do ano, porcentagem já anunciada anteriormente. Atualmente está com 68%. No lançamento, a taxa era 54%.
Porém, com o Kicks será diferente. Ele irá começar a produção já com índice de 74%.
Quanto ao elétrico, nada de datas, mas Ghosn confirmou a intenção de importar o modelo Leaf para o Brasil. Quanto à produção no País, ainda não é favorável para a empresa.
Mesmo zerando Imposto de Importação, antes de 35%, para automóveis movidos unicamente a eletricidade ou hidrogênio no fim do ano passado, ainda é preciso fazer mais, segundo François, para investir no carro elétrico no Brasil, como a negociação do valor do ICMS e a mudança da categoria do IPI, enquadrado atualmente como veículo de luxo.
“O Governo Federal criou a condição necessária para podermos começar a trabalhar a condição do carro elétrico para o Brasil. A primeira etapa aconteceu mas precisa de mais etapas, como a infraestrutura e outros impostos”, afirma.
E mais: tem câmbio automático no March e Versa, lançamento do GT-R (Godzilla) e inicio de exportações do País.
*A repórter viajou ao Rio de Janeiro (RJ) a convite da Nissan
Fonte: Diário do Nordeste