Aquecido, mercado de usados pede foco na captação

Mercado reaqueceu rápido e há grande dificuldade de repor os estoques

Ao mesmo tempo em que a procura por automóveis seminovos e usados já começa a mostrar números próximos ou até superiores aos do período pré-pandemia, as concessionárias e lojas sentem uma grande dificuldade em repor o estoque. Este cenário demostra claramente que o mercado está cada vez mais dinâmico e volátil, exigindo que o lojista tenha capacidade de adaptação também mais rápida. E não tem outro jeito, um dos caminhos para ter sucesso neste momento é focar esforços no processo de captação.

Os números são bem claros neste sentido. A plataforma AutoAvaliar registrou em janeiro deste ano a comercialização de 18,5 mil carros, sendo que o estoque médio por dia era de 9 mil automóveis. Ou seja, giramos duas vezes este estoque. Com a chegada da pandemia, abril foi o pior mês. A venda caiu para 5 mil unidades, com uma média de estoque diária de 15 mil. Já em agosto foram comercializados 13 mil automóveis, com média diária de 2 mil disponíveis. Isso nunca tinha acontecido, e demonstra como o mercado está aquecido.

Se as vendas estão se normalizando, por que a captação continua baixa?

A atitude do mercado em relação ao período de pandemia fez com que eles chegassem a este momento de mercado aquecido com os estoques baixos. Diante das incertezas ocasionadas, a reação foi a de tentar fazer caixa, e quem tinha estoque de seminovos alto tratou de vender, adotou uma estratégia de curto prazo, de sobrevivência. E agora são vários os fatores que dificultam o processo de reabastecimento do estoque.

Uma das questões que se discute é o preço. Não é que o automóvel usado está mais caro. O valor ficou mais alto porque o carro zero subiu, muito em virtude do dólar, e isso acaba afetando toda a cadeia. Isso é natural. Além disso, existe um mercado de lojistas muito grande competindo nesse meio, os estoques estão abaixo dos níveis normais e muitos desses grupos poderiam tornar a etapa de captação mais efetiva.

Outro fator que dificulta a captação é a movimentação das grandes empresas de aluguel de automóveis, consideradas as grandes “fábricas” de usados. Com a falta de clientes no início da pandemia elas também iniciaram um processo de venda. Mas agora, com o mercado de aluguel também reaquecido, e a pequena disponibilidade de carros zero-quilômetro nas fábricas, eles estão mantendo seus estoques para ter mais opções de oferta para os clientes.

Chegou a hora de ser mais eficiente

Neste momento é importante entender que o hábito do consumidor já foi alterado, e as plataformas on-line, que já existiam, ganharam um reforço enorme. Por isso, é fundamental que as lojas e concessionárias revejam alguns processos e competências para prosperar neste novo mundo.

Este talvez tenha sido o grande aprendizado neste período de pandemia: a importância de enxugar a estrutura. E isso não significa reduzir os times. É tornar as entregas mais assertivas, a partir da potencialização das competências e o auxílio da tecnologia. Assim, em momentos atípicos como o que estamos vivendo, conseguimos melhorar processos internos e entregar cada vez mais valor aos nossos clientes.

FONTE: AUTOMOTIVE BUSINESS

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