Gestão da frota passa a ser prioridade após a greve dos caminhoneiros e favorece locação de veículos
Segmento de caminhões alugados está em expansão e ganha novo fôlego com o tabelamento do frete
Alugar a frota de veículos de carga para não depender do transporte feito por caminhoneiros com o frete tabelado pelo governo.
Essa é uma medida que está sendo avaliada por empresas de setores como a agropecuária, para diminuir o impacto causado por despesas decorrentes da nova tabela de fretes, estabelecida pela Medida Provisória 832 do Governo Federal.
Com isso, ganha força no mercado a locação de caminhões, que, hoje, possui uma frota total de mais de 13 mil veículos, segundo o levantamento anual da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis). O montante ainda é pequeno diante da frota para locação de automóveis e comerciais leves (710 mil unidades), mas o momento favorece a expansão dos negócios.
“Existe uma necessidade entre grandes e médias empresas de gerir sua frota, sem depender da contratação de terceiros. Ao mesmo tempo, adquirir caminhões exige um grande investimento de capital, o que torna a locação desses veículos pesados uma opção atraente”, explica o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Jr.
Entre as possibilidades de uso da frota alugada estão caminhões para escoamento e manuseio da colheita, coleta de resíduos, entrega de bebidas, entre outras finalidades. Outro modelo é a locação part-time ou por projeto, uma possibilidade que começa a conquistar adeptos em um mercado que ainda está descobrindo todo o seu potencial.
O anuário da ABLA indica que a maior parte da frota das locadoras (aproximadamente 430 mil veículos) está atualmente voltada para o aluguel de longa duração, que inclui o atendimento de clientes corporativos (terceirização de frotas inteiras para pequenas, médias e grandes empresas públicas e privadas, além de órgãos públicos federais, estaduais e municipais).