Qual impacto para as locadoras com o fechamento da Ford no Brasil?
Todo mundo se chocou com a decisão da Ford Brasil de abandonar o País. Não apenas pela simples decisão, mas pela velocidade com que a montadora fez isso, com a interrupção de suas operações nesta segunda-feira, 11.
Dessa forma, com a saída da Ford, um pequeno grupo de empresas da B3 com conexões diretas ou indiretas com o setor automotivo será afetado.
De acordo com os analistas da corretora, a notícia “pode ser ligeiramente negativa para as locadoras de automóveis líderes, pois a mudança poderia resultar em uma desvalorização dos carros da Ford no mercado secundário e, consequentemente, aumentas as despesas e depreciação.”
Entretanto, o trio de analistas composto por Victor Mizusaki, Ricardo França e José Cataldo, levantam um ponto interessante. Isto é, a redução de exposição aos modelos da montadora por parte das locadoras nos últimos anos.
Tal redução se explica pela própria mudança na estratégia da Ford, que reduziu as vendas diretas enquanto focava no varejo. Portanto, em 2018 e 2019, as vendas diretas da companhia passaram dos 100 mil veículos. Todavia, já no ano passado, esse valor baixou para pouco mais de 60 mil.
Além disso, o espólio da Ford – 7% de participação no mercado brasileiro – deve ser absorvido por outras montadoras. Dessa forma, o impacto na cadeia produtiva deve ser reduzido, reduzindo também os efeitos nas empresas de bens de capital da B3.
Portanto, para a Ágora, a saída da Ford do Brasil é um “evento pontual e não relevante” para as ações que a mesma acompanha.
Recomendações da Ágora
Após apresentar sua visão sobre o cenário pós-saída da Ford, a corretora reiterou suas recomendações. Confira: