Recall atinge 1 milhão de veículos entre janeiro e maio
Entre janeiro e maio deste ano, as montadoras já convocaram 63 recalls, abrangendo 1,07 milhão de veículos, segundo levantamento feito a partir do banco de dados do Procon-SP. No mesmo período de 2016, foram 46 campanhas com menos da metade de unidades envolvidas – 493 mil. Durante todo o ano passado, 125 recalls atingiram 1,66 milhão de automóveis.
O defeito no sistema de airbag lidera o ranking, com 618.391 veículos em 2017. Em seguida, aparecem sistema elétrico/eletrônico, com 168.604 unidades, e sistema de tração (143.220).
Na maior parte dos casos, o problema no airbag é motivado por um defeito no dispositivo de segurança produzido pela principal fornecedora desse tipo de equipamento no mundo, a japonesa Takata. Os chamados “airbags mortais” estão ligados a mais de 10 mortes no exterior.
No Brasil, a Toyota convocou em abril mais de 500 mil carros, no maior recall relacionado ao problema no país. Segundo a empresa, o deflagrador do airbag pode se romper com o tempo e a umidade. No caso de colisão, a dispersão de fragmentos de metal pode causar lesões físicas graves ou até mesmo fatais.
Além da Toyota, outras 12 marcas fizeram campanha neste ano envolvendo os airbags defeituosos, incluindo Honda, Mitsubishi, BMW, Volvo, Ford, Volkswagen, Renault, Audi e Subaru.
Mas os chamados por conta de defeitos no item não se restringem a 2017. Nos últimos dois anos, do total de 4,5 milhões de veículos afetados por recalls, 2,4 milhões tinham defeito no airbag.
Baixa adesão
Apesar dos riscos, a adesão dos proprietários a recalls em geral é historicamente baixa. Entre 2002 e 2015, apenas 50% compareceram para os reparos, segundo o Procon-SP.
O órgão orienta o consumidor a atender ao chamado o mais rápido possível, embora não haja data limite para o conserto ou a troca. Ele deve ainda guardar o comprovante de que o reparo foi feito, para ser repassado, em caso de venda, ao novo proprietário.
É possível saber pelo site do Denatran se o veículo é objeto de recall. Campanhas não atendidas em um ano também constarão no documento do veículo.
Do Jornal Metro.