Sete hatches esportivos que honraram a sigla GTI
Além de batizar a linha esportiva da Volkswagen, essa combinação de três letras mágicas também chancelam os esportivos de outras marcas
O poder do acrônimo GTI é notório ao redor do mundo. Ficou famoso por designar as versões de alto desempenho de alguns Volkswagen, como o Golf e o Polo, e abrevia o nome Grand Tourer Injection. Mas outras fabricantes também se apropriam dessas iniciais, como a Peugeot e, pontualmente, Suzuki e Citroën.
Separamos sete modelos (do passado e do presente) que utilizaram a rubrica “GTI” e deixaram seu nome marcado na história da indústria automotiva.
Peugeot 205 GTi
Lançado em 1984, o 205 GTI é considerado um dos primeiros hot hatches do mundo automotivo. Pesando apenas 850 quilos, o compacto contava com a excelente relação peso-potência de 6,5 kg/cv – usava um 1,9-litro de 130 cv.
Dos motoristas que já se sentaram ao volante do pequeno, ouve-se elogios rasgados à direção direta, ao câmbio de engates precisos e as acelerações rápidas, a ponto de ele ser eleito o melhor hot hatch de todos os tempos.
A aura em torno desse francês ficou ainda maior com o lançamento do 205 T16, série limitada a 200 unidades produzidas para homologação do 205 que fez história no lendário Grupo B de rali. Além do motor turbo de 200 cv, montado transversalmente em posição central, o T16 tinha tração integral e carroceria alargada.
No Brasil, apenas a versão básica do hatch francês foi comercializada – o 205 GTI não passou por nossas mãos. As raríssimas unidades circulando no país foram trazidas de forma independente para competições ou uso próprio.
Volkswagen Golf GTI
Presença mais do que obrigatória nessa lista, o Golf GTI empolga os fãs de hot hatches desde 1974. Sucessor do Fusca na Alemanha, o pacato Golf recebeu um novo kit aerodinâmico, suspensão mais firme, freios maiores e um motor 1.6 de 110 cv, suficientes para fazê-lo ir de 0 a 100 km/h em 9 segundos e atingir a máxima de 180 km/h.
O interior também recebeu itens exclusivos, incluindo o clássico acabamento xadrez a partir da segunda geração. O GTI alemão desembarcou no mercado brasileiro a partir da terceira geração e atingiu seu auge a partir de 1999, quando a quarta geração começou a ser fabricada no Brasil.
Infelizmente, a VW decidiu não vender as gerações V e VI do Golf por aqui, e apenas em 2009 é que os fãs do GTI puderam comprar o mesmo carro vendido na Europa. O modelo atual é importado do México e vem com um motor 2.0 TSI de 220 cv e transmissão DSG de sete marchas.
Suzuki Swift GTi
A versão esportiva do Swift (conhecido em alguns mercados como Cultus) nasceu em 1986 e trazia todas as características que um esportivo deve ter: baixo peso (apenas 750 kg), motor preparado (um dos primeiros da história da marca com injeção eletrônica de combustível) e carroceria de três portas.
O sistema de freios recebeu discos de maior diâmetro para dar conta do desempenho do motor 1.3 de 101 cv. Por dentro, o hatch tinha revestimento exclusivo e detalhes em vermelho. A segunda geração chegou a ser importada para o Brasil em meados dos anos 90. Hoje, a versão esportiva do Swift continua existindo: é o Sport R, bastante elogiado, mas prestes a ser substituído por uma nova geração.
Volkswagen Gol GTI
Ícone dos esportivos nacionais, o Gol GTI foi apresentado no Salão do Automóvel de 1988. O motor AP-2000 do Santana foi o primeiro no Brasil a receber injeção eletrônica multiponto, resultando em 112 cv e torque máximo de 17,5 mkgf.
Detalhes como a bela pintura bicolor (azul Mônaco e cinza), o par de faróis auxiliares, as rodas de liga leve, os freios dianteiros a disco ventilado e os bancos esportivos Recaro deixavam o carro ainda mais exclusivo.
A reestilização de 1991 trouxe as clássicas rodas “Orbital” e novas opções de cores. Com a chegada do Gol “bolinha”, o GTi passou a ser grafado com a letra “I” maiúscula. A grande novidade, porém, era a versão GTI 16V, movida por um motor 2.0 16V de 145 cv importado da Alemanha.
Dados informados pela VW indicavam aceleração de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos e velocidade máxima de 206 km/h. No entanto, a versão esportiva deixou de existir com a chegada da Geração 4, em 2006, e nunca mais voltou.
Citroën AX GTi
Lançado em 1986, o AX chamava atenção pelo design de linhas retas aerodinâmicas (seguindo o padrão estético da época) e pelo baixo peso: a configuração mais leve tinha apenas 640 kg. A reestilização realizada cinco anos depois trouxe consigo o AX GTi, derivado do antigo GT, mas com injeção eletrônica monoponto – daí a letra “i” no nome.
A potência subiu dos antigos 86 cv para 101 cv, embora os modelos equipados com catalisador (como os vendidos no Brasil) tivessem 95 cv. O estilo era sedutor, mas um pouco discreto para um esportivo: apenas apliques plásticos na cor preta e rodas de liga leve identificavam o AX GTi.
Com baixo peso e uma arquitetura de suspensão sofisticada, com estruturas independentes nas quatro rodas, ele acelerava de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos e tinha comportamento dinâmico elogiado até hoje.
Peugeot 308 GTI
Concorrente de peso para o VW Golf GTI, o 308 GTI se destaca por duas características: a exótica pintura em dois tons e o desempenho do motor 1.6 THP. Embora seja o mesmo utilizado em vários modelos do grupo PSA (como DS 3 e Citroën C4 Lounge), aqui ele é preparado para render 250 cv ou 270 cv.
Números divulgados pela Peugeot indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 6,2 segundos. Até o Jeremy Clarkson se apaixonou por um! Algumas unidades chegaram a ser importadas para testes de homologação no Brasil, mas o alto preço do esportivo teria feito a montadora desistir da ideia.
A bola da vez agora é o Peugeot 308 GT, versão um pouco menos agressiva, com 205 cv e aceleração de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos. Ele já está homologado, e deve começar a ser vendido no Brasil ainda em 2017.
Nissan Pulsar GTi-R
Responda rápido: você conhecia o Nissan Pulsar? Nós também não. O pacato hatchback já estava em sua quarta geração e fazia relativo sucesso quando foi transformado em um hot hatch de primeira linha.
Equipado com um motor 2.0 turbo de quatro cilindros, o Pulsar tinha 220 cv a 6.400 rpm (chegando a 230 cv com combustível de alta octanagem) e torque máximo de 28,5 mkgf a 4.800 rpm, o carro levava menos de 6 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, atingindo a velocidade máxima de 232 km/h.
Aproximadamente 12 mil unidades foram fabricadas de 1990 a 1994. Nada mal para uma versão esportiva que nasceu apenas para permitir a homologação do modelo nas provas de rali.
Fonte: Quatro Rodas