Caminho para o progresso passa pelos investimentos

Investimento. Diante de números que revelam que a indústria tem, atualmente, muito a melhorar, esse é um fator importante para a retomada do crescimento, de acordo com as ponderações de especialistas.
Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mostra como isso vem sendo encarado pelo setor. No ano passado, 66% das indústrias do Estado contaram com investimentos. Entre elas, 23,7% focaram a realização de novos projetos, enquanto 76,3% deram continuidade aos que já estavam sendo trabalhados. Neste ano, uma parcela ainda menor de empresas deve investir.
“Certamente, a realização de investimentos, que atualmente está em baixa, é o caminho que deve ser seguido para o crescimento. Mas, primeiramente, é necessário que haja a retomada da confiança”, pondera Annelise Rodrigues Fonseca, analista de estudos econômicos da Fiemg.
De acordo com ela, essa retomada da confiança pode surgir com base em medidas governamentais feitas em um cenário macroeconômico.
Já no que diz respeito aos objetivos que as empresas têm ao realizar investimentos, o estudo revelou que 47,6% delas tiveram como foco a melhoria do processo produtivo. Já 19% tiveram como objetivo a manutenção da capacidade produtiva. O aumento da capacidade da linha foi o motivo apontado por 14,3% das organizações. Para 9,5%, a motivação foi a introdução de novos produtos. A introdução de novos processos produtivos foi o objetivo de 4,8% das empresas, e as outras razões somaram 4,8%.
“Todo tipo de investimento é bem-vindo”, pondera Annelise. “E cada setor tem a sua especificidade”, completa.
Em relação às fontes de financiamento, em 79,7% das organizações, os recursos próprios é que foram utilizados. Os bancos oficiais de desenvolvimento foram os responsáveis por 11,8%, enquanto os bancos comerciais privados representaram 5,2% das fontes de investimentos. Já 3,2% vieram de bancos comerciais públicos e 0,1%, de financiamentos externos.
Faturamento. De acordo com outra pesquisa da Fiemg, no acumulado do primeiro trimestre do ano, houve um decréscimo de 16,5% do faturamento real, em virtude do recuo nas vendas domésticas.
O setor que puxou a queda no faturamento da indústria mineira no primeiro trimestre foi o de veículos, com recuo de 45,7%. “Da queda de 16,5% no primeiro trimestre, 10,2 pontos percentuais foram desse segmento”, Annelise. Em seguida, vem o segmento de máquinas e equipamentos com -27,5% e o de vestuários e acessórios com -26,3%.
“Isso faz parte de uma cadeia. Os diversos setores estão mal. A atividade está desaquecida como um todo. Nenhuma medida tomada poderá ser sentida ainda neste ano”, salienta Annelise.
O estudo também mostrou que 32,6% das empresas pretendem aumentar os investimentos em máquinas e em equipamentos em 2016. Já 28,3% devem mantê-los inalterados. As que querem reduzir ou reduzir muito somam 26,1% e 13% não planejam comprar máquinas ou equipamentos em 2017.
Por Juliana Siqueira, do Jornal O Tempo.

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