Na contramão da crise, setor de terceirização de frota deve crescer 5%

Faturamento das locadoras de veículos deve chegar a R$ 10 bilhões este ano; pequenas e médias empresas são novas clientes do segmento
 
A crise econômica fez com que muitas empresas de pequeno e médio portes investissem num serviço que, até então, era solicitado em sua maioria por empresas grandes: terceirização de frotas. E foi esse nicho do mercado que impulsionou o segmento de locação de veículos em 2015, quando o faturamento chegou a R$ 9,7 bilhões, e deve fazer com que o crescimento neste ano seja de 5%, elevando o faturamento para R$ 10 bilhões, segundo estimativa da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla).

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“Como na crise as empresas buscam reduzir custos, a terceirização de frota não sofreu tanto com os reflexos do mau desempenho da economia brasileira. Manter uma frota própria é até 30% mais caro do que terceirizar, mesmo que a quantidade de veículos seja pequena, por isso muitos empresários estão investindo nessa mudança”, explica Helio Borenstein II, diretor-financeiro do Grupo Marbor.
Além da diminuição de gastos, outros atrativos têm levado as companhias a terceirizar suas frotas, como a praticidade de ter os veículos substituídos rapidamente em caso de quebra ou sinistro, evitando pausas para manutenção e atrasos na logística do negócio. A locadora também fica responsável por toda parte burocrática, como pagamento de licenciamentos, seguros, multas e outros detalhes que tomam tempo e desgastam os donos dos automóveis. “São facilidades que fazem parte do ‘pacote’ da terceirização de frota. Uma coisa a menos para os empresários e administradores se preocuparem. Assim, sobra mais tempo e verba para eles cuidarem de outras áreas”.
Outro diferencial que tem conquistado os novos clientes é a alta tecnologia empregada no sistema de terceirização de frota, capaz de identificar todo o percurso do veículo, se o ar-condicionado ou o para-brisa, por exemplo, foi ligado e por quanto tempo e até possíveis infrações cometidas pelo motorista durante o trajeto. “A chamada telemetria capta e transmite informações sobre todo o funcionamento do veículo, como velocidade, consumo de combustível, rota, tempo de uso, ociosidade e outros detalhes que para o meio corporativo são muito importantes, para que os empresários possam medir suas necessidades e até a qualidade de seus serviços e profissionais”, complementa Borenstein II.
De acordo com o diretor-financeiro, esse aumento da procura de companhias menores por terceirização de frota marca uma mudança cultural. “O Brasil tem uma cultura de propriedade e não de uso do veículo. Muita gente prefere gastar mais para ser o dono do automóvel, em vez de gastar menos e apenas usar o veículo para o que precisa, como já se faz há muito mais tempo e de forma natural em outros países”.
 
Fonte: KG Comunicação Corporativa

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