Locadora de veículos Movida pode levantar até R$ 1 bi com IPO

A empresa de aluguel de carros Movida deve realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que pode alcançar algo entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão, segundo estimativas preliminares de pessoas próximas à operação.
Os recursos levantados com a operação, que ainda depende de aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), serão embolsados tanto pela empresa de logística JSL, controladora da Movida, quanto pela própria companhia.
Esse é o segundo pedido de abertura de capital de uma locadora de veículos no Brasil feito nesta semana. Anteontem, a Unidas também manifestou o interesse de estrear na bolsa de valores.
Em suas demonstrações financeiras do 3º trimestre, a Movida exibe lucro líquido de R$ 13,5 milhões e uma receita de R$ 498,7 milhões. A companhia também apresentou um capital circulante líquido negativo de R$ 607,5 milhões – recursos de curto prazo inferiores às obrigações também de curto prazo.
Segundo a Movida, isso se deve ao plano de investimento feito pela companhia na abertura de novas unidades e na ampliação e renovação da frota.
Em documento arquivado na CVM, a Movida lista entre os fatores de risco ter um conselheiro e controlador indireto, Fernando Antonio Simões, como réu em um processo criminal de fraude à licitação em Salvador, numa licitação para terceirizar a frota da Polícia Militar na Bahia. Em 2010, quando a JSL (então Julio Simões) abriu o capital, esse risco acabou reduzindo o valor obtido na oferta.
A empresa diz que Simões e outros membros da administração poderão “ter de alocar parte substancial de seu tempo e atenção para o acompanhamento e monitoramento desses processos”.
A oferta da Movida será coordenada por Bradesco BBI, BTG Pactual, Morgan Stanley, BB Investimentos, XP e Credit Suisse.
Fonte: Valor Econômico