São Paulo terá programa de carro compartilhado
A prefeitura de São Paulo lançará um decreto que prevê um programa de carros compartilhados – ou carsharing – e que deverá funcionar em todo o município. A novidade foi anunciada pelo secretário dos Transportes da capital paulista, Jilmar Tatto, durante a cerimônia de abertura do 12º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos na quinta-feira, 1º. Segundo o secretário, a prefeitura estudará a possibilidade de incluir veículos elétricos na configuração do decreto, que pretende, por meio de licitação, escolher o melhor projeto para implantação do serviço. De acordo com Tatto, a intenção é publicar o decreto já nos próximos dias.
“Vamos utilizar o espaço da Zona Azul para estacionamento dos carros, mas ainda não temos o formato. A ideia é que empresas apresentem modelos de projetos de como poderá funcionar e isso poderá incluir carros de energia limpa”, disse.
O secretário não soube dizer o prazo para introduzir o serviço de compartilhamento de carros em São Paulo nem definiu que tipo de empresa poderá apresentar os possíveis projetos de implantação, mas reforçou a ideia de contar com veículos elétricos no sistema.
“O tempo [de implantação] vai depender das empresas, se elas apresentam um projeto de curto prazo que contemple inclusive pontos de recarga”, defendeu.
Ele disse ainda que em projetos como este sempre há custos, inclusive para o consumidor final, mas não confirmou se haverá subsídio por parte da prefeitura. Acrescentou que o modelo pensado pela prefeitura está baseado no sistema de carsharing de veículos elétricos em Paris, na França, lançado em dezembro de 2011 pelo grupo industrial Autolib, que se dedica ao negócio de aluguel de veículos elétricos. Atualmente, oferece 4 mil carros que se revezam em mais de 5,9 mil pontos de acesso e que contam com mais de mil pontos de recarga espalhados pela capital francesa. O serviço também foi expandido para as cidades de Lyon e Bordeaux.
“É um serviço interessante que está dando certo em outros países e vai dar certo em São Paulo”, finalizou Tatto.
Por Sueli Reis, do AB.