A busca pelo alumínio nos automóveis
Não há como fazer mágica. Os automóveis – mesmo que sejam os modelos grandes – terão que reduzir o peso se quiserem atender aos futuros programas de redução de consumo e emissões de CO2. As montadoras já sabem que para isso, precisam substituir o aço por um material mais leve. A primeira opção, que também é a mais lógica e viável, é o alumínio.
Mais partes de um automóvel passarão a ser fabricadas em alumínio para ajudar na redução de peso e fazer o produto cumprir a meta de consumo. No entanto, a demanda elevada pelo material pode gerar um desabastecimento da indústria. A maior preocupação do setor metalúrgico é nos EUA, pois a partir de 2015, a Ford pretende iniciar a produção da Nova F-150.
Como você já sabe, a F-150 e suas derivadas não vendem pouco. Além disso, a quantidade de alumínio da nova geração é tão grande, que o peso do veículo será reduzido em 317 kg. Quase o peso de 4 adultos de 80 kg cada. O volume pedido pela Ford será considerável para a indústria americana, liderada por Alcoa e Novelis.
Não se sabe o motivo, mas a Ford teve que atrasar o lançamento do modelo em três meses porque os painéis de alumínio não atendiam às especificações exigidas. Baixa qualidade do material ou falta de inspeção por maior rapidez no processo produtivo? As empresas do setor pedem prazos de dois a três anos para entrega de pedidos, pois precisam dimensionar a produção ou até construir usinas novas para atender a demanda.
As duas gigantes do alumínio nos EUA dizem que o mercado de automóveis fará a demanda quintuplicar em apenas dois anos. Em 2012, o mercado de folha de alumínio no país era de 200 milhões de libras ou 90,7 mil toneladas. Esse ano, a previsão é de que o volume atinja 1 bilhão de libras ou 453,6 mil toneladas.
No mercado automotivo, não é somente a F-150 que irá impactar a indústria do alumínio. Outros modelos já utilizam o produto e mais estão em desenvolvimento. Desde o Audi A8, alguns poucos apostaram no material para reduzir peso, tais como Range Rover Vogue/Sport, Mercedes-Benz CLA, Chevrolet Corvette, Tesla Model S, BMW i3, entre outros. Daqui para frente, carros comuns, especialmente os que usam plataformas modulares, terão mais componentes leves a bordo.
Fonte: Notícias Automotivas