Localiza lança aluguel de carros por prazo mais longo para pessoa física
A empresa vai começar a alugar veículos por prazos de dois a três anos para pessoas físicas. É um modelo de contrato que hoje só está disponível para clientes corporativos
Por Marcos de Moura e Souza, Valor
A Localiza vai começar a alugar carros por prazos de dois a três anos para pessoas físicas. É um modelo de contrato que hoje só está disponível para clientes corporativos.
O diretor financeiro da companhia, Maurício Teixeira, disse ao Valor hoje que a ideia é que o produto esteja disponível em todo o país no fim do terceiro trimestre ou início do quarto.
O assunto foi mencionado durante teleconferência ocorrida hoje com analistas do mercado.
Segundo Teixeira, o novo modelo de contrato era algo que estava sendo planejado, mas que ganhou impulso com a pandemia.
“Há uma tendência que a gente vê na Ásia e na Europa, nos países que já estão retomando as atividades, de procura por transporte privado como uma opção ao transporte público, porque as pessoas se sentem mais seguras”, disse.
O aluguel de longo prazo será apresentado como uma opção para clientes que não querem ou não podem gastar com a compra de um carro.
Gastos de manutenção, com IPVA, emplacamento ficam a cargo da locadora.
“A gente sabe que tem demanda pelo retorno de clientes corporativos e por causa de pessoas físicas que às vezes nos procuram querendo contratos mais longos”, disse o executivo.
Ao lado do novo produto, a Localiza vai manter um modelo de aluguel mensal que já existe para pessoas físicas. O preço do contrato mais longo será menor do que o contrato mensal e do que a locação diária.
Teixeira avalia que a novidade poderá ser uma das alavancas para a retomada dos negócios da companhia, juntamente com os contratos com motoristas de aplicativos e uma esperada recuperação do turismo nacional entre dezembro e janeiro.
Maior empresa de locação de veículos e de frotas do Brasil, a Localiza viu sua receita líquida cair 31,7% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2019, ficando em R$ 1,57 bilhão. O lucro líquido teve um recuo ainda maior: 52,7%, indo a R$ 89,9 milhões.