PPCar projeta quadriplicar faturamento para mais de R$ 100 milhões em 2019 com aluguel de carros
Startup, cujos motoristas de aplicativos são a maior parte de seus clientes, não exige cartão de crédito ou verificação se o nome está sujo
Atuando com aluguel de carros, a startup PPCar faturou R$ 6,9 milhões em 2017 e espera chegar aos R$ 30 milhões neste ano. Isso porque, o negócio, fundado em 2016, começou com uma média de 400 contratos de locação por semana e, atualmente, registra em média 1.500. Hoje, presta o serviço em três cidades de São Paulo, que são a Capital, Santo André e Santos. Também atende em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em Curitiba, no Paraná, na Capital do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, em Minas Gerais, e no México e Portugal.
A maior parte dos clientes da empresa nascente, 90% da sua demanda, é composta por motoristas de aplicativos, como Uber e 99 Táxi. O diretor de tecnologia, Ricardo Vilela, explica que o que ajudou a impulsionar a PPCar e a atrair este público foi o momento econômico difícil que o Brasil está passando. “Muitos clientes que buscam nossos serviços querem os veículos para atuarem como motoristas porque perderam o emprego ou precisam complementar renda”, diz.
Para 2019, com a expansão para outros países, a projeção é alcançar R$ 116,8 milhões em faturamento. A empresa, segundo Vilela, se manteve desde o início com sua própria receita, não tendo investimentos externos ou aceleração.
Diferente de outas empresas de locação de veículos, como a Movida e a Localiza, a PPCar não consulta os serviços de proteção ao crédito, como o Serasa, para aceitar seus locatários. Os clientes que estiverem negativados ou que não tiverem cartão de crédito podem optar por cartões de débito e boletos como meios de pagamentos.
Outro diferencial, segundo o diretor de tecnologia, é que a PPCar oferece contratos de locação semanais e não mensais, como nas outras empresas com atuação semelhante. Para Vilela, essa condição possibilita uma maior flexibilidade aos motoristas, caso queiram viajar ou até mesmo não dar continuidade ao aluguel.
Os interessados em alugar os carros fazem a solicitação e envio de documentos de forma digital e pelo site da empresa. Para isso, o condutor precisa ter no mínimo 21 anos e pelo menos dois anos de habilitação. Após serem aprovados, os clientes retiram o carro nos locais físicos da PPCar. Os contratos de locação começam às segundas-feiras.
A empresa nascente oferece aos clientes que indicarem a plataforma para outros motoristas uma fatia de 4% do valor de cada aluguel deste novo contratante. Cada locatário pode ser indicado apenas por um indivíduo. “Tivemos clientes que só com indicação conseguiram receita de R$ 5 mil a R$ 6 mil por mês”, revela Vilela.
Entre os planos, o mais barato é de R$ 459, com a possibilidade de rodar 1.167 km por semana. O mais caro permite uma corrida semanal de 1.867 km, com um custo de R$ 599. Além destes valores, a PPCar cobra R$ 1 mil de caução. Caso o motorista exceda o valor limite de quilometragem, ele paga R$ 0,36 por quilômetro excedido.
Além de aumentar a quantidade de clientes no Brasil, a startup de São Paulo também mira a expansão internacional. Em 2018, iniciou as operações no México, com uma média de 100 contratos de locação por semana, e em Portugal, com cerca de 50 contratos. Para o próximo ano, a companhia pretende iniciar operações nos Estados Unidos, Chile, Colômbia, Equador, Panamá e Peru.
A frota de veículos da PPCar considera a preferência dos motoristas de aplicativos. Além disso, a empresa leva em conta a demanda de cada modelo e região, como o consumo e preço de combustíveis e o custo de manutenção. No geral, boa parte dos veículos é da categoria 1.0.