Tembici lança serviço de bicicletas elétricas compartilhadas no Rio
Cerca de quatro meses depois de anunciar ter recebido um aporte de 47 milhões de dólares, a startup brasileira Tembici lança o primeiro resultado desse investimento. A partir do próximo sábado, 26, a empresa coloca nas ruas do Rio de Janeiro suas primeiras bicicletas elétricas compartilhadas.
A empresa foi fundada em 2010 por Tomás Martins e Mauricio Villar com o propósito de inserir a bicicleta no dia a dia das pessoas. O negócio ganhou escala em 2017, quando comprou a operação da Samba Transportes Sustentáveis nas principais capitais brasileiras, assumindo os projetos Bike Rio e Bike Sampa, patrocinados pelo Itaú.
Os sócios esperam que as bicicletas elétricas consigam atrair um novo público e ir, aos poucos, ocupando o lugar dos carros no dia a dia das cidades. Nessa primeira fase do projeto, a Tembici está colocando 500 bicicletas elétricas na capital fluminense, onde atualmente possui 2.600 bicicletas compartilhadas tradicionais.
O Rio foi escolhido para testar a iniciativa por ser a praça que mais utiliza o sistema de bicicletas da Tembici. Se tiver bons resultados na cidade maravilhosa, a empresa irá expandir para os outros mercados em que atua. Ao todo, estão sendo investidos 10 milhões de reais na iniciativa.
Como funcionam as e-bikes
As bicicletas elétricas da Tembici possuem um motor que dá assistência ao ciclista enquanto ele pedala, o que o permite percorrer distancias maiores com o mesmo esforço físico. A companhia estima que o raio percorrido com a bike elétrica seja de sete a oito quilômetros. Por conta disso, segundo a empresa, os clientes estariam propensos a usar o modal até 50% mais do que a bicicleta tradicional.
Para garantir carga a todas as 500 bikes, a empresa precisará pagar uma equipe para recolhê-las e recarregá-las durante a noite. “Elas possuem uma autonomia de mais de 60 quilômetros por carga, vão atender bem a demanda. Caso descarreguem, o ciclista consegue pedalar normalmente”, diz Tomás Martins, cofundador e presidente da startup.
Mais a eletricidade pode custar caro para o negócio. O modelo de patinetes elétricos, popularizados no Brasil pela Grow, era considerado difícil justamente pelo alto custo de logística necessário para o carregamento dos aparelhos. Por isso, no futuro, o plano da Tembici é colocar carregadores nas próprias estações onde o usuário deixa as bicicletas, para que elas carreguem entre cada uso automaticamente.
Em relação ao custo para o cliente final, a empresa afirma ter se preocupado em chegar a uma tarifa acessível por viagem. A cada 15 minutos de uso, serão cobrados três reais dos usuários. Para os assinantes do plano mensal e anual da Tembici, haverá tarifas menores. Ainda assim, o trajeto com o modal custa mais caro que com a bicicleta compartilhada convencional, cuja viagem avulsa de trinta minutos sai por 4,30 reais em São Paulo.
Fonte: https://exame.com/pme/tembici-lanca-servico-de-bicicletas-eletricas-compartilhadas-no-rio/