Anfavea: produção de 227 mil autoveículos

Anfavea: produção de 227 mil autoveículos é a segunda melhor do ano. Vendas mantêm bom ritmo após fim dos incentivos

 

A produção de agosto praticamente igualou o recorde do ano, que foi de 228 mil unidades em maio. As 227 mil unidades produzidas no mês representaram alta de 24% sobre julho. No acumulado do ano, já são 1,542 milhão de autoveículos produzidos, no entanto com uma leve queda de 0,4% em relação aos primeiros oito meses de 2022.

De acordo com o balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), os emplacamentos recuaram, o que já era esperado em função do fim dos descontos oferecidos pelo governo federal para modelos até R$ 120 mil. Foram 207,7 mil unidades licenciadas em agosto, 7,9% a menos que em julho, que teve o recorde do ano.

Na análise que exclui os modelos subsidiados, venderam-se 160 mil unidades sem bônus em julho, em comparação com 205 mil em agosto. Dessa forma confirma um viés de recuperação do mercado, embora ainda de maneira tímida. As vendas acumuladas do ano estão em 1,432 milhão de unidades, volume 9,4% superior ao do ano passado.

Cresce a presença chinesa na América Latina

As exportações tiveram uma leve alta de 13,8% no mês, no entanto, essa alta ocorreu sobre uma base baixa de julho. Embarcaram 34,5 mil unidades, totalizando 292,1 mil no ano, o que representa uma queda de 12,8% em relação ao mesmo período de 2022. “Além da queda de volumes, o que mais nos preocupa é a perda de participação dos produtos brasileiros nos mercados da América Latina”, alertou o Presidente Márcio de Lima Leite.

“Até 2021, o Brasil era o país que mais exportava para os países vizinhos. No ano passado a China tomou a dianteira, com 21,2% de presença, ante 19,4% do Brasil. Precisamos urgentemente aumentar nossa competitividade para exportar, ou perderemos ainda mais terreno em nossos principais destinos, não só para a China, mas para outros países emergentes da Ásia, como Índia, Tailândia e Indonésia”, afirmou Leite.

Em relação à presença chinesa no Brasil, o Presidente da ANFAVEA louvou as marcas que planejam se instalar como fabricantes. Embora tenha ressaltado que é preciso retomar o Imposto de Importação de 35% para modelos elétricos e híbridos. Originados principalmente da China como principal país de origem. Foram mais de 30 mil unidades apenas neste ano.

“Pode ser de forma gradual, ou por cotas, mas é preciso haver uma regra que incentive e dê previsibilidade à produção local de veículos elétricos”, concluiu Leite, destacando que podemos ter em breve a mesma situação dos países vizinhos, com mais de 20% de importações chinesas sem a contrapartida da geração local de empregos.

Anfavea: produção de 227 mil autoveículos é a segunda melhor do ano

Apresentação da ANFAVEA 05 de setembro de 2023

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