Ano novo, preço novo

MERCADO Apesar de amargar queda nas vendas de mais de 20% no ano passado, fabricantes de automóveis seguem reajustando preços

O mercado automotivo fechou o balanço do ano passado com uma queda nas vendas de quase 20%. Pela primeira vez, desde 2006, o número de carros novos licenciados ficou abaixo dos dois milhões de veículos,(1.986.550 unidades, para ser exato). Mas, nem por isso, as montadoras deixaram de começar o ano praticando reajuste nos preços. A diferença nos valores, para mais, vai de módicos R$ 1,3 mil, e chega a até incríveis R$ 90 mil.

A Nissan é uma das marcas que está cobrando a mais por alguns dos seus modelos. O Kicks, lançado no ano passado e comercializado há menos de seis meses, sofreu seu primeiro aumento de preços. A versão SL, a mais luxuosa e que custava R$ 89.990 até o final do ano passado, agora é vendida por R$ 91.900. A Nissan baixou o preço da pintura metálica (de R$ 1.500 para R$ 1.350), mas para ter um Kicks SL com teto laranja o cliente tem que desembolsar mais R$ 2.500. A versão de entrada do Kicks, a SL, não teve o valor alterado e continua saindo por R$ 84.900.

TOYOTA

A Toyota também majorou seus preços. O sedã Corolla ficou mais caro e passa a custar a partir desta semana R$ 87.990, na versão 1.8 GLi CVT que já vem com bancos de couro. O último reajuste de preços do Corolla aconteceu há menos de um mês. O modelo custava R$ 86.250 em dezembro passado. Como toda linha Corolla foi afetada pelo reajuste, a versão mais cara do sedã, a Altis 2.0 CVT, passou de R$ 108.000 para R$ 110.990. A linha Hilux também foi remarcada. O preço das versões mais sofisticadas da picape (SR, SRV e SRX a diesel com cabine dupla) não sofreram aumento. O reajuste se deu na versão básica com motor 2.8 diesel, que agora é oferecida por R$ 134.220 (R$ 1.920 a mais). Já a Toyota SW4, SRX automática a diesel e com sete lugares, agora custa R$ 247.450 (R$ 5.900 a mais).

A Jeep foi outra marca que mexeu na tabela. O Compass, que chegou ao mercado em novembro passado, teve um reajuste médio de R$ 2 mil em todas as suas cinco versões. Os preços agora vão de R$ 101.990, para a configuração Sport 2.0 flex automática, e vai até R$ 151.990, no caso da Trailhawk 2.0 diesel 4×4 automática de 9 marchas.

CHEVROLET

O Cruze Sport 6 nem completou 30 dias nas lojas e já mudou de preço. O carro, importado da Argentina, chegou com valores a partir de R$ 89.990, mas já pulou para R$ 91.970. A versão intermediária do Cruze hatch, a LTZ, foi de R$ 101.990 para R$ 103.990. E a top de linha, LTZ Plus, teve acrescentado na tabela R$ 3,3 mil. Agora sai a partir de R$ 113.090. Além do Cruze, a GM reajustou quase toda a linha. Onix, Prisma, Cobalt, Spin, e a picape Montana tiveram reajustes entre R$ 900 (no caso da Montana) até o já citado Cruze Sport6 (R$ 3,3 mil a mais).

Mas nada se compara à diferença de preços praticada no Camaro. Esta semana a Chevrolet anunciou os valores das versões 2017 com preço inicial de R$ 305 mil. O novo Camaro conversível parte de R$ 338 mil. O aumento em relação à linha 2016 foi bastante expressivo. O carro custava a partir de R$ 230.990, na versão cupê, e R$ 250.990, no caso do Camaro com capota de lona. Uma maneira de explicar o aumento é que trata-se praticamente de outro modelo. A Chevrolet afirma que, do anterior, o Camaro 2017 manteve somente duas peças: a gravata dourada símbolo da marca e o emblema SS. Carroceria, motor e acabamento foram todos modificados. As dimensões externas e o espaço interno aumentaram.

Mas a diferença a mais no preço que chega a R$ 87 mil, em relação a linha 2016, é de impressionar.

Fonte: Jornal do Commercio (PE) – Impresso – Flip

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