Frotas autônomas, carros compartilhados e o futuro do mercado de seguros
O seguro automotivo vem sendo reinventado ao longo dos últimos anos. O mercado de varejo agregou valor ao produto com serviços para a casa, conserto de eletrodomésticos e diversas outras amenidades. No universo corporativo, novas tecnologias, como o monitoramento de frota, permitiram redução de riscos e valores. Mas nada se compara a grande revolução que aponta no horizonte, com mudanças estruturais na forma de conduzir e utilizar veículos automotivos.
A primeira grande revolução e talvez a mais disruptiva, será a presença das frotas autônomas. Esse tipo de veículo sem motorista tende a ser mais seguro e previsível que os veículos tradicionais, o que deve, em teoria, levar a uma significativa redução nos valores dos seguros. No entanto, a imputação da culpa por acidentes torna-se bastante complexa.
Afinal, quando o computador dirige e provoca um acidente, de quem é a culpa?
Muitos especialistas defendem que essa situação resultará numa mudança radical na visão dos seguros automotivos, que provavelmente vão se relacionar muito mais com as montadoras de veículos que com os motoristas. Alguns defendem que as montadoras criarão suas próprias seguradoras, uma vez que é provável que o perfil do motorista passará a ser irrelevante e o valor da apólice deverá variar de acordo com a tecnologia ou a confiança na tecnologia.
A Tesla, pioneira no setor, parece ir nessa direção com o lançamento, em agosto, de uma oferta de seguros próprios no mercado em Hong Kong e na Austrália.
Podemos dizer que hoje ainda não há solução adequada para uma frota de carros autônomos, especialmente se pensarmos no mercado corporativo, onde os ganhos com redução de riscos podem ser imensos. Mas é um desafio que já faz incomodar as melhores mentes das montadoras e deve fazer parte do planejamento de toda seguradora que queira crescer. Afinal, segundo as projeções do Bank of America Merril Lynch, a indústria de carros autônomos deve movimentar US$ 87 bilhões em 2030.
A segunda grande revolução é o crescimento da economia compartilhada no mercado automotivo.
Sistemas como Uber, que permite transformar o carro privado em serviço de transporte de passageiros e Fleety, que permite compartilhar o carro, cobrando uma taxa, crescem em ritmo acelerado no Brasil e representam grandes oportunidades e desafios para as seguradoras.
E é fácil imaginar cenários bastante complexos, como um motorista que usa seu carro no dia a dia, faz serviços rápidos de Uber nas horas vagas e compartilha o veículo nos fins de semana.
Esse motorista não mais encontra soluções que se adaptem ao seu uso misto de veículo no dia a dia, mas certamente deseja a mesma proteção que antes. E as seguradoras que se adaptarem com mais velocidade a esse novo cenário têm enormes potenciais de crescimento no horizonte.
O cenário é de grandes mudanças, oportunidades e enormes desafios. A certeza é a de que, nos próximos dez ou quinze anos, as corretoras e seguradoras que terão sucesso serão as que tiverem a tecnologia e a inovação encravadas no coração da companhia.
Fonte: Centro de Qualificação do Corretor de Seguros – CQCS
A primeira grande revolução e talvez a mais disruptiva, será a presença das frotas autônomas. Esse tipo de veículo sem motorista tende a ser mais seguro e previsível que os veículos tradicionais, o que deve, em teoria, levar a uma significativa redução nos valores dos seguros. No entanto, a imputação da culpa por acidentes torna-se bastante complexa.
Afinal, quando o computador dirige e provoca um acidente, de quem é a culpa?
Muitos especialistas defendem que essa situação resultará numa mudança radical na visão dos seguros automotivos, que provavelmente vão se relacionar muito mais com as montadoras de veículos que com os motoristas. Alguns defendem que as montadoras criarão suas próprias seguradoras, uma vez que é provável que o perfil do motorista passará a ser irrelevante e o valor da apólice deverá variar de acordo com a tecnologia ou a confiança na tecnologia.
A Tesla, pioneira no setor, parece ir nessa direção com o lançamento, em agosto, de uma oferta de seguros próprios no mercado em Hong Kong e na Austrália.
Podemos dizer que hoje ainda não há solução adequada para uma frota de carros autônomos, especialmente se pensarmos no mercado corporativo, onde os ganhos com redução de riscos podem ser imensos. Mas é um desafio que já faz incomodar as melhores mentes das montadoras e deve fazer parte do planejamento de toda seguradora que queira crescer. Afinal, segundo as projeções do Bank of America Merril Lynch, a indústria de carros autônomos deve movimentar US$ 87 bilhões em 2030.
A segunda grande revolução é o crescimento da economia compartilhada no mercado automotivo.
Sistemas como Uber, que permite transformar o carro privado em serviço de transporte de passageiros e Fleety, que permite compartilhar o carro, cobrando uma taxa, crescem em ritmo acelerado no Brasil e representam grandes oportunidades e desafios para as seguradoras.
E é fácil imaginar cenários bastante complexos, como um motorista que usa seu carro no dia a dia, faz serviços rápidos de Uber nas horas vagas e compartilha o veículo nos fins de semana.
Esse motorista não mais encontra soluções que se adaptem ao seu uso misto de veículo no dia a dia, mas certamente deseja a mesma proteção que antes. E as seguradoras que se adaptarem com mais velocidade a esse novo cenário têm enormes potenciais de crescimento no horizonte.
O cenário é de grandes mudanças, oportunidades e enormes desafios. A certeza é a de que, nos próximos dez ou quinze anos, as corretoras e seguradoras que terão sucesso serão as que tiverem a tecnologia e a inovação encravadas no coração da companhia.
Fonte: Centro de Qualificação do Corretor de Seguros – CQCS