Carro próprio x serviços de assinatura: o que vale mais a pena?

Assinatura de veículo está “bombando” e promete ser a próxima moda do mercado de mobilidade. Montadoras estão com seus próprios projetos e também empresas de aluguéis de veículo entraram nessa onda e querem uma fatia com certeza da oportunidade de atrair um novo cliente. Mas a questão é: o que vale mais a pena? Ter o próprio carro ou ter um carro por assinatura?

O engenheiro Gabriel Haro, 46, fez a transição e até o momento diz não ter arrependimentos. “Tenho um carro próprio na família, que fica com a minha esposa, que é o carro que usamos para viajar também, mas eu precisava de um carro para o trabalho e não podia contar a possibilidade de ficar sem quando precisava por qualquer motivo”.

A possibilidade de ter o carro sempre à disposição e em qualquer caso de emergência ter um carro reserva foi um dos pontos que pesaram a favor do carro por assinatura, segundo Haro. “A comodidade de não me preocupar com documentação, seguro ou até manutenção pra mim valeu a pena”, diz.

Ele optou por um modelo básico e pesquisou bastante, encontrando valores mais em conta para a assinatura de veículo em locadoras do que em montadoras. “Eu fiz um contrato de 24 meses, pensando que eu rodo cerca de 1.000 km por mês e até o valor do quilômetro rodado a mais é menor do que das montadoras”, complementa.

A experiência de Haro é um retrato do tipo de cliente esperado, diz o consultor da ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa. “Quem vai adotar o carro por assinatura, seja o mais caro ou o mais em conta, é um cliente que não quer ter que se preocupar com nada desde a posse até a venda ou troca quando chegar determinado momento”.

Garbossa reforça que o sistema de carro por assinatura não é uma mudança ou substituição de outros filões do mercado, mas sim uma nova modalidade das marcas para comercializarem seus produtos. “Os sistemas de venda, aluguel diário ou os serviços por hora não vão acabar, mas há a possibilidade de oferecer mais um método ao consumidor”.

Se parte do consumidor que opta pelo carro por assinatura busca e avalia só a comodidade, outra parte vai por conveniência, uma vez que diferentemente da compra do veículo você não precisa ter um valor de entrada, apenas a garantia do valor mensal enquanto durar o contrato.

Para quem tem o valor para dar uma entrada, Garbossa avalia que o carro próprio ainda é mais vantajoso. “Se em caso de necessidade você precisar se desfazer do carro, pode até perder dinheiro, mas se livrar daquela conta extra que você tem, ou caso esteja quitado, até fazer dinheiro. No caso do veículo por aluguel, em caso de rompimento do contrato, as multas chegam a até metade do valor restante do contrato.

“Letras miúdas” que têm sido pouco exploradas e verificadas por quem opta pelo carro por assinatura é o valor da franquia. Apesar de você não precisar se preocupar com fazer um seguro, em caso de acidente com o veículo você ainda é o responsável por pagar a franquia.

Para atender e conseguir criar uma margem de segurança quando fazem a apólice dos carros para um perfil generalista, os valores são muito mais altos nas franquias do que em um seguro próprio. Em alguns casos, o valor da franquia chega a R$ 9 mil, como é o caso do Jetta e Tiguan Allspace pelo VW Sign&Drive.

O consumidor que opta pelo serviço de assinatura precisa ter em mente que, por mais que façamos seguro pensando em não usar, acidentes acontecem e, nesse caso, ele vai ter que estar preparado para lidar com esses valores mais elevados de franquias que precisam ser pagos.

FONTE: UOL

 

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