Pesquisa mostra insegurança do brasileiro no trânsito
Dois em cada 10 entrevistados já se envolveram em acidentes de trânsito com feridos ou mortos
Qual é a opinião do brasileiro em relação à segurança no trânsito? É essa a pergunta central da pesquisa realizada pela Fundación Mapfre que ouviu 1.419 pessoas de todos os estados brasileiros.
A pesquisa de opinião confirma: dois em cada 10 entrevistados já se envolveram em acidentes de trânsito com feridos ou mortos; e 47% das pessoas ouvidas já teve um familiar morto ou ferido no trânsito.
O levantamento teve seus entrevistados divididos em dois grupos: a população, responsável pela pesquisa quantitativa; e membros dos setores privados como frotistas, formadores de condutores, e das três esferas do governo (federal, estadual e municipal), responsáveis pela pesquisa qualitativa. Segundo esse público, a principal razão para a ocorrência de acidentes é a imprudência e a falta de preparo e formação de condutores.
Para as 1.419 pessoas, em uma escala de zero a 10, a nota média dada à segurança no trânsito foi de 4,6, revelando que os entrevistados se sentem inseguros nas ruas e nas estradas brasileiras. Utilizando essa mesma escala, sinalizações, vias urbanas, ciclovias foram avaliadas, tendo as calçadas com a menor nota: 3,4.
“Em muitas cidades brasileiras, como é em Belém, 90% dos atropelamentos é de pessoas que andam no meio fio das calçadas, por conta da má qualidade delas”, reforça o Prof. David Duarte Lima, presidente do Instituto de Segurança no Trânsito (IST).
Segundo a pesquisa, 67% das pessoas afirmam que as ocorrências não são acidentais, são crimes. “Temos cerca de um milhão de feridos por ano e, ainda de acordo com a pesquisa, 90% dos motoristas não respeitam ciclistas e pedestres”, explica o presidente do IST.
O consultor em segurança no trânsito J. Pedro Corrêa relatou que, com esse diagnóstico dado pela Mapfre, o país pode colocar em prática um plano nacional de segurança viária para os próximos anos. “Nosso papel é o de mobilizar, vamos disponibilizar esses dados ao governo e pretendemos incluir o Ministério Público e o judiciário para futuras soluções”.
Fonte: Portal do Trânsito