“Precisamos de previsibilidade”, diz Antonio Megale, novo presidente da Anfavea

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Assume a presidência da Anfavea nesta segunda-feira (25) o engenheiro mecânico Antonio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen. Ele ocupa a vaga deixada pelo economista Luiz Moan, da General Motors, e será o 18º presidente da entidade em seus 60 anos de história. A cerimônia de posse acontecerá nesta noite no clube Monte Líbano, na zona sul da capital paulista.
Aos 59 anos, Megale já passou pelas áreas de desenvolvimento de produtos, marketing e relações institucionais na Ford, Chrysler e Renault, antes de chegar à VW. Entre 2011 e 2014, presidiu a AEA, associação que reúne engenheiros de montadoras e fabricantes de autopeças. A chapa designada para dirigir a associação no triênio 2016-2019 conta também com Rogelio Golfarb, vice-presidente de assuntos corporativos da Ford, na vice-presidência.
Antonio Megale (1)
Em entrevista coletiva realizada nesta tarde, o novo mandatário reconheceu que assume num momento delicado da economia no país, resultado da crise política, e que não deverão haver muitas mudanças a curto prazo. Ao mesmo tempo, disse que pode ser um momento de oportunidades para preparar o setor automotivo para uma retomada mais rápida quando houver sinais positivos.
Para tanto, Megale diz que vai trabalhar por um aumento na previsibilidade de legislações, tipos de financiamentos e decisões que interfiram no setor de modo geral. “Fica muito difícil para a indústria se planejar com mudanças de regra no meio do jogo”, criticou o novo mandatário, claramente se referindo à instabilidade política que assolou o país nos últimos anos.
Entre outras prioridades, Megale enumerou a questão das importações como fundamental para redução da ociosidade da capacidade produtiva da indústria nacional, que atualmente chega a 50% nos automóveis e espantosos 80% nos caminhões. Disse também que pretende discutir a elevada carga tributária sobre os veículos, muito embora confesse que não veja movimentação do governo neste sentido – ao menos até que seja resolvida a questão do impeachment.
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Por fim, o engenheiro falou um pouco sobre as transformações que deverão acontecer em nossas ruas até 2019. “Certamente a indústria seguirá no caminho do downsizing, com o uso de motores menores turbinados e com injeção direta, mas também teremos evoluções importantes no setor de híbridos e elétricos”. Vale lembrar que no final de 2017 se encerra o Inovar Auto, época em que todas as fabricantes presentes no país terão de ajustar o consumo médio de seus veículos à nova lei.
Fonte: CARPLACE

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