Semcon desenvolverá no Brasil software para veículos autônomos

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Projeto pode render benefícios fiscais do Inovar-Auto para montadoras, diz CEO

É fato que a introdução de veículos autônomos está longe de ser uma realidade no Brasil, ainda assim há empresas que apostam no potencial da engenharia local para trazer ao País ao menos uma parte desses projetos. A Semcon – empresa especializada em serviços de engenharia e tecnologia – anunciou que vai desenvolver em sua filial brasileira a maior parte de um software empregado em sistemas de direção autônoma, em uma parceria global assinada com uma montadora, cujo nome não revela.
Pelo acordo, o novo software será desenvolvido em conjunto com a fabricante de veículos, que neste caso é responsável pelo investimento. A Semcon dedica ao projeto dez especialistas baseados em São Paulo e outros quatro na Europa.
“Transferindo partes do projeto, o cliente [OEM] pode também se beneficiar com uma carga tributária menor devido ao Inovar-Auto. Neste sentido, nós estamos ajudando a reduzir os custos de nosso cliente ao mesmo tempo em que fornecemos expertise adicional”, disse Markus Granlund, presidente e CEO da Semcon em um comunicado. “A Semcon possui presença global há muitos anos e dispõe de processos avançados de divisão de trabalhos entre países. Como os custos estão crescendo e a expertise está se tornando cada vez mais difícil de ser encontrada pela Europa, nós vemos um alto potencial em espalhar mais projetos de alta tecnologia para nossos escritórios pelo mundo”, enfatiza Granlund.
Para Fabricio Campos, diretor da Semcon no Brasil, embora projetos de veículos autônomos já sejam uma realidade principalmente na Europa, a globalização das estruturas – tanto de clientes como das próprias fornecedoras – com foco em redução de custos podem beneficiar o Brasil, tornando-o competitivo e até uma base exportadora.
“O Brasil foi escolhido devido à disponibilidade de mão de obra capacitada e por estratégia de custos”, afirma. “O nosso know-how poderá ainda ser oferecido para outros clientes”, acrescenta.
O executivo ressalta que o projeto de veículos autônomos depende muito da infraestrutura do País e de suas estradas, por esta razão a Europa tem mais condições para receber os primeiros veículos. “Mas existem vários graus de automação e o Brasil também pode receber parte da tecnologia”, explica.
O software fará parte de um sistema funcional que consiste na integração de hardwares, tais como atuadores, sensores, câmeras, dispositivos de processamento e módulos entre outros, muitos dos quais já são utilizados em tecnologias existentes.
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