Toyota lança em outubro o Corolla híbrido
A Toyota prepara para outubro o lançamento do seu terceiro modelo híbrido no país, mas o primeiro que também aceita etanol no tanque. Depois do Prius e do Rav4, o Corolla passa a ter a tecnologia parte elétrica e parte movida por motor de combustão.
Parte da engenharia do carro, que externamente não muda muito do modelo que o mercado brasileiro já conhece, foi desenvolvida na fábrica de São Bernardo, que produz componentes do motor.
A novidade é que, diferente dos outros híbridos o Corolla passa a ser o primeiro híbrido flex do país.
O carro vai ser produzido na fábrica de Indaiatuba. “Esse é o motor mais eficiente esse é o futuro”, comentou o diretor de relações públicas e governamentais da Toyota do Brasil, Thiago Sugahara ao RD.
“Trata-se de uma tecnologia disruptiva nova que chega”, aponta. Ele não quis revelar mais detalhes, guardando surpresas para o lançamento.
Para o engenheiro Ricardo Takahira, da comissão técnica de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE Brasil, a Toyota está no caminho certo, pois como ainda não há no país uma infraestrutura instalada para os veículos puramente elétricos, aqueles que se pluga na tomada, o veículo híbrido, que acumula energia do motor à combustão para as baterias e devolve para o carro, é a solução melhor neste momento.
“A Toyota está fazendo o certo, lançando um veículo que não depende de uma estrutura montada como pontos de recarga”, analisa.
O engenheiro destacou que o híbrido deve fazer até 25 quilômetros por litro de combustível, mas isso depende muito do motorista.
“Essas indicações são também bastante questionáveis”, diz Takahira.
O preço do modelo, que ainda não foi divulgado, será o diferencial entre a compra de um Corolla com ou sem a tecnologia híbrida. O modelo atual custa a partir de R$ 80 mil, podendo ultrapassar os R$ 110 mil, na versão mais completa.
“Para o público vai depender do perfil de uso, se roda pouco e o veículo fica parado a maior parte do dia não fará muita diferença, mas se rodar bastante vai compensar pagar mais, porque a economia fará diferença.
O veículo deve ser muito utilizado em frotas e por locadoras, como táxi ou Uber Black”, prevê Takahira.
Os híbridos serão a tendência das montadoras presentes no Brasil. Já rodam por aqui, além do Prius, o Fusion, da Ford, e o Rav4, também da Toyota, com esta tecnologia. Outros modelos devem ser lançados em breve.
“Os próximos SUVs serão assim, a Land Rover, por exemplo. Mas num carro de R$ 170 mil o acréscimo da tecnologia híbrida não vai afetar comercialmente o produto”, analista Takahira que diz que o desafio será levar isso para os modelos mais populares.
“Eu espero que dê certo, o híbrido já é considerado um modelo de transição para o elétrico, mas ainda falta bastante para isso. O país tem cerca de 16 mil veículos elétricos, sendo que 97% deles são do tipo não plug-in, ou seja, como o novo Corolla”, finaliza.