Baixa demanda faz Unidas avaliar cancelamento de IPO
A oferta inicial de ações da locadora de veículos Unidas caminhava para o cancelamento no começo da noite de quinta-feira(09), diante da baixa demanda dos investidores, segundo o Valor apurou.
Para fechar a operação, os acionistas da Unidas – os fundos de private equity Gávea, Vinci, Kinea, a portuguesa Principal e a locadora americana Enterprise -, teriam de reduzir o preço das ações. Eles, porém, não estavam, até quinta-feira(09), dispostos a receber um valor abaixo dos R$ 15,15 fixados como piso da faixa indicativa.
Apesar do desejo dos fundos de private equity de vender suas posições, eles avaliavam desde o início do processo de IPO que poderiam vender mais para a frente a companhia para um investidor estratégico próximo ao preço que miram se a venda em bolsa não fosse bem sucedida. É isso que tem levado os fundos a resistirem a uma mudança de avaliação. Em dezembro, eles venderam para a Enterprise uma fatia de 20% na empresa por um valor não divulgado.
No início de janeiro, as três locadoras de veículos iniciaram uma competição pela preferência dos investidores. Primeiro, a Movida anunciou no dia 16 planos de realizar um IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês). Três dias depois foi a vez de a Unidas também divulgar o mesmo plano, o que acabou chamando para a disputa a Localiza, que já é listada.
Na disputa, quem acabou levando vantagem foi o investidor. Para viabilizar a oferta, a Movida reduziu o preço inicial mínimo de seus papéis de R$ 8,9 para R$ 7,5. Investidores vinculados à empresa também entraram em ação para garantir a oferta.
Após fecharem com queda de 2,67% na estreia, na quarta(08), os papéis da Movida reagiram na quinta(09) após circular informações de que a Unidas cancelaria o IPO. As ações da Movida subiram 3,42% e fecharam o dia cotadas a R$ 7,55.
Fonte: Valor Econômico – Impresso