Vamos Locação: saiba mais sobre a próxima brasileira a realizar IPO
A Vamos Locação (VAMO3) deve iniciar as negociações na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) na próxima quinta-feira (2). A empresa é voltada para locação de caminhões, máquinas e equipamentos a longo prazo. Os contratos tem período mínimo de 5 anos.
Segundo a Vamos, o preço por ação na oferta pública inicial de ações estará situado entre R$ 17 e R$ 21 (faixa indicativa).
O Initial Public Offering (IPO) da Vamos será coordenado por:
- Bradesco BBI;
- BTG Pactual (BPAC11);
- Banco Santander (SANB3);
- BofA Merrill Lynch;
- BB Investimentos;
- Caixa Econômica Federal (CEF);
- XP Investimentos;
- Credit Suisse;
- e Banco J. Safra.
IPO da Vamos Locação O valor total da oferta será de R$1.004.173.275,00, sem considerar as ações suplementares e tomando por base o preço de R$19 por ação (ponto médio da faixa indicativa. Deste modo, a arrecadação pode atingir R$ 1,2 bilhão.
Caso a empresa consiga ofertar as ações no preço mais alto de sua faixa indicativa, a R$ 21, a captação de recursos pode chegar a R$ 2,6 bilhões.
A oferta terá distribuições primária e secundária de 52,85 milhões de ações ordinárias. O montante equivale a 42,8% de seu capital social. Do total;
- 26,76 milhões serão novas ações;
- 26,086 milhões pertencem à JSL.
As ações ordinárias de emissão da Vamos Locação serão negociadas no segmento de listagem do Novo Mercado da B3.
Novo Mercado e governança corporativa
Conforme o economista da Suno Research, Tiago Reis, o “Novo Mercado é um segmento da B3 que reúne as ações das empresas abertas com os melhores níveis de governança corporativa do mercado. Logo, se trata de uma listagem onde são negociadas as empresas que adotam, de forma voluntária, políticas de governança e disclosure muito acima do que a legislação exige”.
Existem cinco níveis de governança corporativa, listadas segundo o Bovespa:
- Bovespa Mais
- BM&F Bovespa: Nível Básico
- BM&F Bovespa: Nível I BM&F Bovespa: Nível II
- BM&F Bovespa: Novo Mercado
No Novo Mercado há “maior transparência na gestão e publicação no mercado de 100% de ações ordinárias, com 100% Tag Along. Ainda, no momento do IPO, será preciso uma movimentação mínima de R$ 10 milhões e também, no mínimo, 25% dessas ações sejam postas para circular no mercado”, explica Tiago Reis.
Confira abaixo informações referentes à Vamos Locação:
Perfil da Vamos
No fim de 2018, a Vamos possuía uma frota de 8.755 caminhões e 2.107 máquinas e equipamentos. A empresa ainda possui:
Com a maior rede de concessionárias de caminhões e ônibus da Volkswagen/MAN, a empresa possui:
- 40 concessionárias de caminhões e ônibus da Volkswagen/MAN no País;
- 15 concessionárias de máquinas e equipamentos agrícolas Valtra;
- e 11 lojas para vendas de seminovos.
Segundo a Vamos, dentre os segmentos na qual a empresa possui forte participação estão: alimentício; ambiental; agronegócio; energia; florestal; indústria; mineração; serviços; sucroalcooleiro e transportes.
Aquisição da JSL
O Grupo JSL (JSLG3) adquiriu o total de ações da Vamos em 11 de junho de 2018. Desta forma, a empresa fundada por Júlio Simões passou a deter 100% de controle na Vamos.
Acionistas da Borgato, também aquisição da JSL, eram os detentores do total de 9% de ações do capital social da locadora de caminhões. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a operação no dia 6 de dezembro de 2017.
Devido à incorporação da Vamos Locação pela JSL, 3.037.500 ações foram emitidas. Enquanto acionistas da Borgato receberam 3.202.374 ações da Movida (MOVI3).
Receita da Vamos
Em 2018, a locadora obteve bons resultados em sua captação. Confira abaixo:
- Receita bruta: R$ 1,1 bilhão, alta de 44,4% sobre 2017 (R$ 762,1 milhões).
- Receita líquida: R$ 983,3 milhões, alta de 45,7% sobre 2017 (R$ 674,8 milhões).
- Receita líquida de serviços: R$ 883,4 milhões, alta de 45,1% sobre 2017 (R$ 609 milhões).
- Receita líquida de venda de ativos: R$ 99,9 milhões, alta de 51,8% sobre (R$ 65,8 milhões).
Na receita líquida de serviços, no ano passado as arrecadações dos segmentos foram de:
- locações: R$ 493,7 milhões, alta de 30,1% sobre 2017 (R$ 379,6 milhões).
- concessionárias: R$ 389,7 milhões, alta de 69,9% sobre 2017 (R$ 229,4).
Fonte: Suno