Desigualdade entre ricos e pobres atinge o maior nível em 30 anos

A desigualdade entre ricos e pobres atingiu um nível recorde na maioria dos países da OCDE e é ainda mais significativa nas economias emergentes, afirma um relatório da organização, que destaca em particular as diferenças entre homens e mulheres.
Dentro da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 34 países, o grupo de 10% das pessoas mais ricas têm agora uma renda 9,6 vezes superior aos 10% mais pobres.
A proporção era de 7,1 vezes nos anos 1980 e de 9,1 na década passada, segundo o relatório da organização divulgado nesta quinta-feira (21).
As desigualdades são ainda mais fortes em termos de patrimônio.
As desigualdades nos países da OCDE são mais expressivas no Chile, México, Turquia, Estados Unidos e Israel, e menos na Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia e Noruega.
O problema é ainda maior nos grandes países emergentes, mas está reduzindo em muitos deles, em particular no Brasil, destaca o relatório.
“Atingimos um ponto crítico. As desigualdades nos países da OCDE nunca foram tão altas desde que começamos a medir”, afirmou o secretário-geral da organização, Angel Gurría, ao apresentar o documento em Paris, ao lado de Marianne Thyssen, comissária europeia para o Emprego.
“Ao não atacar o problema das desigualdades, os governos fragilizam o tecido social de seus países e comprometem seu crescimento econômico a longo prazo”, completou Gurría.
De acordo com as estimativas, o aumento das desigualdades, entre 1985 e 2005, nos 19 países da OCDE analisados reduziu o crescimento em 4,7 pontos percentuais acumulados entre 1990 e 2010.
Para reduzir a desigualdade e estimular o crescimento, a OCDE recomenda aos governos que promovam a igualdade entre homens e mulheres em termos de empregos, que ampliem o acesso a trabalhos mais estáveis e que estimulem os investimentos em educação e formação ao longo de toda a vida ativa.
Entre 1995 e 2013, mais da metade dos empregos criados nos países da OCDE eram de tempo parcial, temporários ou envolviam trabalhadores independentes.
Mais da metade dos empregos temporários estavam ocupados por pessoas com menos de 30 anos.
A respeito das mulheres, as probabilidades de ocupar um emprego remunerado são 16% inferiores às dos homens. Além disso, as remunerações são 15% inferiores às dos homens.
Da AFP;
Foto: Leandro Lopes.

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