Taxa básica de juros sobe pela 3ª vez seguida e atinge maior valor desde julho de 2011
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu elevar pela terceira vez consecutiva a taxa básica de juros. O aumento, de 0,5 ponto percentual, fez a Selic saltar de 11,75% para 12,25% ao ano.
Com a alta, divulgada nesta quarta-feira (21) após a primeira reunião do comitê no ano, os juros básicos avançaram ao maior valor desde julho de 2011, quando a taxa subiu para 12,5%.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a inflação, já que os juros mais altos encarecem o crédito, diminuem a disposição para gastar do consumidor e estimulam a poupança.
A decisão a favor do aumento foi unânime. Votaram Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.
De acordo com o diretor-executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a nova taxa de juros terá pouco impacto no valor das operações de crédito.
— Devido à competição no sistema financeiro, é possível que algumas instituições possam manter inalteradas as suas taxas de juros das operações de crédito.
Taxa básica
A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores é sempre superior à Selic.
A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano.
Do R7.