Qual o melhor caminho para se renovar frota em tempos de crise

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É tempo de crise e um reflexo disso é o crescimento na idade média da frota de carros nas locadoras. De acordo com o Anuário da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis – Abla, em 2015 as empresas trabalharam com veículos 19,5 meses em uso. Em 2014, a idade era de 18 meses.
Apesar da crise, renovar a frota é preciso. Mas em momento assim, para que lado correr? A equipe de reportagem da Revista SINDLOC-MG fez uma pesquisa entre os associados e as opiniões são divididas. Metade dos entrevistados responderam que preferem o financiamento e a outra metade, o consórcio.
Segundo levantamento do Banco Central, feito entre os dias 13 e 19 de abril, as taxas para o crédito direto ao consumidor – CDC – variam entre 1,12 e 3,81 ao mês. É atualmente o modelo mais utilizado na compra de automóveis, respondendo por 77,8% do total dos financiamentos de carros no último ano.
Para alguns associados, o fato do CDC possibilitar taxas fixas, sem sustos no final do mês, é uma grande vantagem. Além disso, caso seja possível uma antecipação do pagamento de parcelas, existem descontos consideráveis. Mas a maior vantagem do financiamento é já ter o veículo gerando renda no pátio. Alguns usam a expressão: “o carro vai se pagando”. De fato, as parcelas vão chegando ao mesmo tempo que os automóveis são usados no cotidiano das locadoras. Mas Ricardo Moreira, da ESL Rent a Car, alerta: “o financiamento é a melhor opção desde que não seja um financiamento longo. 24 meses no máximo em função da depreciação”.
Mas, se você consegue se programar para uma renovação de frota, sem necessariamente precisar dos automóveis, talvez o consórcio seja também um bom negócio. Muita gente tem pensado assim. De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios – Abac, as vendas de consórcios de veículos leves, em 2015, cresceram 11,1% em número de cotas e 10,1% em volume financeiro de créditos comercializados.
Esses dados revelam uma desconstruções do preconceito em torno desse modelo de compra. Segundo Marcelo Denuncio, da Gaplan Consórcios, hoje o Banco Central do Brasil é a autoridade competente para normatizar e fiscalizar o Sistema de Consórcios no país. “Antes deste acontecimento, ou seja, da normatização e fiscalização feita pelo BC, muitos fatos aconteceram e deixaram os clientes receosos em utilizar esta modalidade. Hoje, porém, temos uma grande minimização do risco que deixam os consorciados mais confiantes. Tudo é uma questão de conceito que foi sendo reconstruído ao longo dos últimos anos, dando ao consórcio maior credibilidade e tranquilizando os consorciados quanto a esta opção”.
Para alguns associados, o fato do consórcio não cobrar juros é suficiente para escolher esse modelo para a renovação da frota. Claro que é preciso ter cuidado com a taxa de administração que é praticada, além de verificar a existência ou não de cobranças como fundo de reserva e seguro.
Em geral, seja no caso do CDC ou do consórcio, pesquisar bem é sempre o melhor caminho.
Por Leandro Lopes, da Revista SINDLOC-MG.

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