Banco do Brasil e Bradesco colocaram no ar, através do banco CBSS, um sistema digital para venda e gestão de cartão de crédito. Batizada de Digio, a plataforma veio para combater o avanço do Nubank, startup brasileira que oferece cartão de crédito sem anuidade e com gestão através de um app. O banco já recebeu 100 mil pedidos de cartão de crédito e já emitiu cerca de 20 mil, segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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O banco CBSS é mais uma empresa criada por Banco do Brasil e Bradesco por meio da holding Elo Participações. A empresa também é dona de Alelo, Livelo, Stelo e da Movera, todas empresas ligadas a serviços financeiros. Os dois bancos também são acionistas da Cielo e da Elo, que tem ainda a Caixa Econômica como sócia.

Criado em 2014, o banco CBSS nasceu para atender o público de baixa renda. Com uma estrutura separada da operação do Bradesco e Banco do Brasil, o banco CBSS se tornou uma espécie de fintech, cujo foco principal é criar e testar tecnologias novas que façam sentido para o setor bancário.

Os cartões Digio podem ser solicitados pelo smartphone ou pelo site da empresa. Por enquanto, a única opção é a bandeira Visa – enquanto o Nubank atua com Mastercard -, mas espera-se que as demais bandeiras também estejam disponíveis em breve. Para se cadastrar, novamente é parecido com o Nubank, com tudo sendo feito de maneira digital. Basta digitalizar os documentos e tirar uma selfie para servir de foto do cadastro.

São diversas funcionalidades, mas chama a atenção o poder de aumentar e diminuir o limite do cartão e informar roubo ou perda diretamente através do aplicativo – mais prático do que usar o telefone para realizar esse processo.

O processo de liberação de crédito não inclui apenas o tradicional que os bancos fazem, mas também uma análise do perfil do cliente através de suas redes sociais.

É natural que os bancos corram atrás de inovações, já que vivemos uma era de disrupção. Startups enxutas atacam os grandes bancos com soluções altamente inovadoras – e muitas vezes acabam sendo compradas pelos próprios bancos. O Santander, por exemplo, fez uma grande aquisição ao comprar ContaSuper, que oferecia uma conta digital. Já o Bradesco está desenvolvendo o Next, um banco digital focado no público jovem.

A tendência é que essas novas companhias funcionem separadamente da operação dos bancos, que é vista como muito engessada e altamente regulamentada. A revolução que as fintechs têm causado no mercado é enorme e os bancos precisam reagir rápido se ainda quiserem existir em 2030.

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