Carro por assinatura: locação anual de veículo zero quilômetro pode gerar economia de 20%
As mudanças de hábitos dos consumidores e reflexões sobre “posse” e “propriedade” refletiram diretamente no mercado de locação de veículos. Em meio a um cenário novo de consumo, as locadoras criaram o “Carro por Assinatura”, serviço em que clientes podem alugar veículos zero quilômetro com todas os opcionais desejados, pagando parcelas mensais. Colocando todos os custos na ponta do lápis, o negócio pode ser bastante vantajoso e chegar a 20% de redução nos gastos.
Ele explica que no caso do carro por assinatura o consumidor escolhe o automóvel e a concessionária compra. Na maioria dos pacotes estão incluídos impostos, como IPVA e licenciamento, seguro básico, manutenções anuais, entre outros. Cabe ao motorista colocar gasolina e dirigir.
“Ele tem que pagar franquia do seguro, caso haja alguma avaria. Mas também pode incrementar os serviços oferecidos”, diz Soares. Nessas condições, a partir de R$ 1.290 mensais é possível pegar um carro de entrada.
Mas saber se trocar o carro próprio pelo alugado vale a pena não é tarefa fácil.“Tem que colocar todos os gastos no papel, não só os que percebemos facilmente, e chegar aos custos mensais. No final, o cliente deve avaliar o que fica mais barato”, afirma o coordenador do curso de Economia do Ibmec, Márcio Salvato.
Entre os custos ele cita as trocas de óleo, bateria, pneus, gasto com financiamento, entre outros. É importante, ainda, analisar a possibilidade de o dinheiro da venda do carro próprio, ou a verba que seria utilizada para a compra do novo, ser aplicada.
Foi exatamente o que médico Vinícius Costa fez. Em 2016 ele queria fazer um upgrade no veículo. O investimento seria alto e ele ficou receoso em fazer um aporte tão grande em um bem que desvalorizaria em tão pouco tempo.
Na época, conheci o carro por assinatura e decidi avaliar a possibilidade. Quando coloquei todos os gastos no papel, fiquei surpreso. Conseguiria economizar e não teria dor de cabeça com manutenção e outros gastos”, afirma.
O plano escolhido foi uma assinatura de um ano. Quando foi devolver o carro, o médico gostou de outro modelo. “Fiz o <CF36>test drive </CF>em um carro que estava sendo lançado e optei por ele. Desta vez, fiz um contrato de dois anos, que tem condições melhores. E com dois anos o carro ainda está novo”, comenta.
Pagamento de avarias à locadora ainda assusta cliente
Interessada na locação de veículo zero quilômetro, a psicóloga Luciana Mello Schettino está disposta a vender os dois veículos da família. No entanto, os preços ainda assustam. “Para compensar, teríamos que pegar um carro mais simples do que temos hoje, e isso pesa. Um da mesma categoria ficaria muito puxado. Os valores precisariam cair mais”, diz.
Ela afirma, ainda, que é necessário entender as propostas com cuidado. “Em uma das agências, eu teria que pagar um valor para compensar as avarias na entrega do veículo. No entanto, não há uma tabela ou referência de valores. E se eles me cobrarem R$ 200 por risco? Sempre existem avarias”, pondera.
Ainda pouco conhecido em Minas, o mercado da assinatura de carros está em expansão. [/TEXTO]A previsão é a que haja crescimento de dois dígitos nos negócios a partir dos próximos anos. “É um setor que cresce cada dia mais”, afirma a supervisora operacional da Lokamig, Mariana Pessoa.
Para o diretor executivo de Rent a Car da Movida, Jamyl Jarrus, o mercado mineiro tende a acompanhar o de São Paulo e Rio Grande do Sul, que deslanchou nos últimos dois anos. “Estamos nos transformando em uma empresa de mobilidade e não de locação”, pondera.
Ele ressalta que os planos oferecidos são, normalmente, atrelados a uma média de quilometragem rodada por mês, começando a contar de 1 mil km., normalmente, quem roda mais precisa dar mais manutenções. “Por isso, essa pessoa costuma ter uma resposta melhor no alugel”, diz.
O diretor comercial da Use Car Brasil, Roberto Barollo, lembra que é importante saber quanto o carro desvaloriza todos os anos. “A pessoa pode estar perdendo dinheiro e não sabe. O aluguel muda isso”, diz.
Fonte: Hoje em Dia