Fusão da Localiza com a Unidas ainda não está precificada, diz BTG
Fusão da Localiza com a Unidas
São cinco as principais fontes de sinergia entre Localiza e Unidas, de acordo com o relatório do BTG. São elas:
- Custo de Produtos Vendidos (CPV), pela diluição de custos fixos;
- Custos administrativos e gerais menores com redução de Capex;
- Redução de Capex pela escala maior da nova companhia na aquisição de novos veículos;
- Despesas financeiras menores pelo maior rating de crédito;
- e ágio, que representa o maior valor gerado pela transação. De R$ 1,3 a R$ 1,4 bilhões (37% das sinergias totais).
Com o negócio, os acionistas da Localiza deterão 77% da nova empresa obtida com a união. Enquanto os acionistas da Unidas deterão os 23% restantes. A revisão final do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está prevista para janeiro de 2022.
Segundo o BTG, o Cade já aprovou previamente o negócio com uma condição: a venda de 20 a 50 mil veículos da Unidas. Para evitar concentração de mercado na locação (RAC). “Não descartamos também a entrada de uma outra empresa no segmento, uma empresa financeira ou montadora”, diz relatório.
A nova Localiza
Os analistas do BTG estimam que a nova empesa criada com a união da Localizada e da Unidas, pós-remédios do Cade, terá uma receita líquida de R$ 22,8 a 23,7 bilhões. O Ebitda previsto é de R$ 7,5 a 7,8 bilhões e margem Ebitda de 33%.
Já a estimativa de lucro líquido fica entre R$ 3 a 3,2 bilhões. “Considerando nossas estimativas de lucro líquido, esperamos aumento de 8 a 13% em 2022 e 14 a 18% em 2023 para o lucro por ação“, indicam em relatório.
Com isso, considerando a incorporação pós finalização dos negócios, a previsão é de que a Localiza negocie entre 15,5x a 16,3x o Preço/Lucro em 2022, em comparação a 20,1x, que é a média dos últimos 5 anos.
“Assim, reiteramos nossa classificação de compra para as ações da Localiza, com preço-alvo a R$ 75,00″, concluem os analistas do BTG.
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