Leasing operacional: vale a pena alugar um carro por um ano?
Alugar um carro por um ano ou mais era impensável pouco tempo atrás, pelo alto custo. Mas esse serviço começa a ganhar adeptos no Brasil. Esse modelo de negócio é conhecido como leasing operacional nos EUA, onde ele corresponde a mais de 50% das aquisições de um automóvel novo.
“Acredito que é uma questão de tempo para que o brasileiro acredite que é mais viável pagar para usar do que pagar para ter”, diz Osmar Pinho, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel).
A pioneira em oferecer essa modalidade foi a Rodobens há oito anos. A maioria dos clientes é de empresas e ela já conta com 4.000 veículos locados por 24 ou 36 meses.
Agora o serviço está chegando às pessoas físicas, por meio de um programa de carro por assinatura recém-lançado pela Porto Seguro. “Há tempos que a aquisição de um veículo deixou de ser um investimento, sobretudo se calcularmos os juros de financiamento e a desvalorização. Tudo isso chega apoiado por uma nova consciência da sociedade sobre mobilidade urbana”, explica Marcelo Rosal, gerente da seguradora.
Nesse programa, o cliente escolhe contratar por 12 ou 24 meses. Na mensalidade, já estão inclusos IPVA, licenciamento, seguro e as revisões programadas.
“Fiz as contas dos meus gastos para comprar e manter um carro e vi que aderir a esse serviço é 20% mais barato no meu caso. Por isso, decidi vender o carro e entrar no leasing”, afirma o economista Eduardo Aquiles, 58 anos.
“Pago R$ 1.350 por mês para usar um HB20. Só preciso me preocupar em abastecê-lo”, diz Aquiles. Inicialmente, o serviço, que conta com 1.000 clientes, está disponível nas cidades do Rio e de São Paulo.
Nas tabelas abaixo, comparamos os custos de compra e posse de quatro modelos com os valores da assinatura anual do serviço, considerando uma compra à vista – em caso de financiamento, 0o custo é diluído, mas o valor final aumenta bastante.
Para entender se vale a pena ou não, considere que a diferença entre os gastos poderia ser utilizada como investimento para render dividendos, ou para outras necessidades.
Por Isadora Carvalho, da Revista Quatro Rodas.