Vila Velha pode aderir ao aluguel de carros elétricos
Vila Velha pode aderir ao aluguel de carros elétricos. Após a implantação do sistema integrado de bicicletas, o Bike VV, Vila Velha pode aderir ao aluguel de carros elétricos. O projeto, batizado de Eco Vila, também de autoria do vereador Bruno Lorenzutti (PODE), foi aprovado em medida de urgência na câmara e agora segue para sanção do prefeito Max Filhos (PSDB).
Segundo o vereador, o aluguel de carros elétricos é uma tendência mundial. Paris, na França, já aderiu, assim como a cidade de Fortaleza, no Brasil. Outro ponto destacado por Lorenzutti é que as grandes montadoras, em especial as coreanas e japonesas, já estão trocando os parques tecnológicos de combustão pelos elétricos.
“A produção é muito mais barata. É limpo, pela energia gerada, e sustentável. Estudando essa questão para Vila Velha, vem a ser uma nova alternativa de compartilhamento e integração. Não vai resolver o problema da modalidade, mas é uma alternativa”.
Bruno Lorenzutti explicou que a ideia é seguir a linha do Bike VV: estações para o aluguel, uma quantidade de veículos e um cadastro (pra ter passe). A partir daí, o morador pode se deslocar em pequenas distancias: do Centro a Glória, e da Praia da Costa a outro local pra pegar, por exemplo, uma bicicleta. Por isso, a ideia é que Eco Vila funcione de maneira integrada no município.
“Pode ser integrado também, por exemplo, ao Aquaviário. A ideia é criar uma alternativa de modal, porque essa é a tendência mundial. Os carros elétricos são menores, não poluentes e sustentáveis. A ideia é discutir um novo meio de se locomover na cidade, de forma integrada. Fui secretário e sei que metrô não é perfeito, nem o carro. Perfeita é a integração. Para algumas pessoas, é mais rápido se locomover de bike; para outras, a pé. Na minha visão, a mobilidade urbana passa por essa integração”.
O vereador explicou que valores, números de carros elétricos e estações, bem como todos os outros custos do projeto, só serão discutidos após a sanção do prefeito. Mas adiantou que um carro elétrico custa entre R$ 50 e R$ 70 mil; e que de uma forma geral, o projeto poderia custar de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões. A ideia do município é buscar parceria público-privada. “Como vimos que já há interessados, e também pela questão da crise econômica, a ideia é abrir licitação e ter um empreendedor que queira fazer isso, sem custo para o município. Acredito que teremos procuras”.
O vereador não considera o custo alto, se comparado aos benefícios gerados a cidade; e destacou que atualmente, o passe anual do Bike VV custa em torno de R$ 60, valor bem inferior ao gasto em passagens de ônibus. “Nos dois primeiros meses do Bike VV, foram 100 mil deslocamentos. Você tira da rua uma pessoa que utilizaria o transporte coletivo e veículos. Isso demanda um estudo mais completo. Entendemos que o custo beneficio é pequeno para o beneficio da cidade. E não acredito que vamos investir dinheiro público. Em Paris, por exemplo, o investimento foi de empreendedores, e não da prefeitura, assim como em Fortaleza (com as regras do município).
Bruno Lorenzutti disse ainda que o número de carros elétricos nas ruas do Espírito Santo tem crescido. Tanto que um shopping de Vitória instalou um ponto de recarga elétrica. “Se isso acontece, é porque tem demanda de pessoas que utilizam. Tenho visto inúmeros carros elétricos na cidade. Ele tem um valor mais alto, principalmente os japoneses, mas ajuda a gerar um olhar das pessoas para o conceito de mobilidade. As pessoas resolvem usar, e avaliam passar a utilizar numa próxima compra. Muda a logica de comportamento na cidade”, finalizou.