Por que está mais caro e mais difícil alugar um carro neste fim de ano

O cenário para quem precisa alugar um veículo neste fim de ano não é simples: além de mais difíceis de encontrar devido à alta procura, as tarifas ficaram mais altas.

 

A publicitária Flávia Campos pretendia alugar um carro para viajar de Vitória, no Espírito Santo, a Búzios, no Rio de Janeiro, para passar o Réveillon, mas desistiu ao fazer a cotação.

“Me sinto mais segura em viajar com carro alugado do que com o meu, que é mais velhinho. Mas além de não encontrar carros disponíveis em todas as locadoras, as que tinham, estavam cobrando quase R$ 200 por dia. Seria um acréscimo de gastos muito grande na viagem. Resultado: irei com o meu Palio”, conta.

Alugar carro neste fim de ano. Maior demanda

A situação pela qual Flávia passou não é incomum neste fim de ano. Segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla), a demanda por carros para aluguel neste verão está 15% maior do que a verificada no mesmo período do ano passado.

O presidente da ABLA, Marco Aurélio Nazaré, avalia que o turismo doméstico será a tendência do verão de 2023. “Os preços das passagens áreas para o exterior continuam altos e isso também estimula o uso do carro como meio de transporte para viagens de férias, principalmente as de média e de curta distância”, avalia.

A entidade explica que, apesar de o setor de aluguel de carros estar renovando e ampliando a frota – atualmente, as locadoras são os principais clientes das montadoras -, o volume de veículos, estimado em 1,3 milhões, pode não ser o suficiente para atender a demanda. “Mesmo com a frota maior, diante do aumento da procura no verão, poderá faltar carro alugado para quem deixar para fazer reservas só na última hora”.

Tarifas mais “salgadas”

Flávia Campos não deve ser a única brasileira a se assustar na hora de cotar as diárias de aluguel de carro. Marco Aurélio Nazaré explica que quatro fatores fizeram com que as montadoras não escapassem da alta de preços: aumento da taxa de juros para a compra de carros novos, do preço do carro zero, do custo de manutenção e a maior depreciação da frota em relação ao ano anterior.

“Não nos interessa aumento de preço, mas não temos como não aplicar em função dos custos altos, principalmente na taxa de juros do crédito para comprar carros novos. Mas é bom lembrar que existem campanhas pontuais que permitem que o consumidor, ao programar-se com a devida antecedência, fazendo a reserva de carro como se faz a compra de uma passagem aérea, consiga preços melhores.”

A coluna procurou as três maiores locadoras do país para repercutir o tema, mas apenas a Localiza respondeu às questões.

A marca afirmou que “mesmo que as tarifas para locação tenham subido em todo setor, puxadas pelo crescimento do preço do carro e alta da inflação e da taxa de juros, o valor da diária média comparada ao percentual do salário-mínimo continua sendo próximo dos 8% – mesma porcentagem de cinco anos atrás”, disse por meio de nota, sem revelar o preço da tarifa base.

A Localiza também explicou que a precificação é dinâmica e varia conforme oferta e demanda, assim como passagens aéreas. Ela é feita considerando a disponibilidade de carros, períodos específicos de retirada e entrega do veículo, além de outros fatores como modelo, local e horário do aluguel. A locadora afirma que o turista deve reservar com antecedência para garantir melhores preços.

Durante o “Movida Day”, evento com analistas do setor, a Movida afirmou que as tarifas devem continuar subindo no ano que vem. No quatro trimestre, a estimativa é que a tarifa base passe de R$ 139 para R$ 150.

Fonte: uol.com.br

Alugar carro neste fim de ano

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