Aluguel de carros: o preço mais alto veio para ficar?
A alta no preço dos aluguéis de carros pode incomodar qualquer pessoa, desde os clientes que usam esporadicamente em uma viagem de férias, ou até mesmo quem utiliza essa modalidade diariamente com um plano mensal. Mas afinal, esse preço mais caro veio para ficar?
Para responder essa pergunta, o Money Times teve acesso ao relatório divulgado pelo Bank of America (BofA) nesta última sexta-feira (23).
O banco procurou as respostas da situação brasileira no mercado americano, visto que ele se encontra em um estágio mais avançado de reabertura econômica, além de estar enfrentando desequilíbrios de fornecimento semelhantes aos do Brasil.
Em primeiro lugar, a instituição financeira explicou um dos principais motivos para essa elevação nos preços, o qual é conhecido como lei da procura e oferta.
“Essa combinação de oferta limitada de veículos, tendo em vista que a produção de automóveis nos EUA caiu 30% no acumulado do ano em relação a 2019, e o crescimento da demanda desencadeou um grande aumento nas tarifas de aluguel de veículos”, afirmou o BofA.
Sendo assim, os analistas destacaram que no Brasil o preço pode aumentar ainda mais, pois a retomada da economia ainda não está no mesmo mesmo patamar que os EUA, por isso, o país ainda possui uma demanda reprimida que deve pressionar ainda mais os valores.
Todavia, essa pressão seria apenas no curto prazo, pois para os especialistas as locadoras de veículos não conseguiriam sustentar esse preço nas alturas no longo prazo, porque os baixos custos de troca e produtos substitutos protegem os consumidores.
Dessa maneira, segundo o BofA, as empresas brasileiras e americanas devem mais uma vez focar no crescimento por meio da quantidade de aluguéis ao invés dos preços.
Em síntese, a instituição financeira concluiu que esse aumento é passageiro, podendo piorar no curto prazo, mas com tendência de diminuir ao longo do tempo.
Por isso, o banco recomendou compra para as ações da Localiza (RENT3), uma das maiores do Brasil no setor.