Assinatura de carros é nova alternativa da indústria automobilística

Modelo funciona para consumidores que precisam usar o carro diariamente mas não querem investir na posse do veículo

Carros compartilhados, patinetes, bicicletas elétricas, veículos autônomos e aplicativos de carona são algumas das tendências da mobilidade urbana para os próximos anos. Para se manter relevante neste novo cenário, a indústria automobilística busca se renovar com novos modelos de negócio. Um deles é o serviço de assinatura de carros/veículos, ao estilo Spotify e Netflix, para tentar atrair os consumidores mais jovens, que hoje são menos propensos a investir na compra do carro próprio.

A assinatura de veículos agrega tudo o que um motorista pode precisar em um único pagamento mensal. O programa funciona como uma assinatura mensal que concede acesso a uma variedade de veículos por uma taxa fixa. A mensalidade inclui também o seguro, serviços de manutenção, assistência na estrada e até limpeza do veículo.

Comparado a uma locação tradicional de veículo, a maioria dos serviços de assinatura de carros tem mais flexibilidade. Nela, o consumidor tem mais opções quanto ao modelo do seu veículo e, com frequência, pode trocá-lo por outro automóvel durante a vigência do plano. É possível assinar pelo tempo necessário e, quando não houver mais a necessidade do veículo, cancelar o plano, com se fosse qualquer outro serviço.

A Nissan é a mais recente montadora a anunciar um serviço de assinatura para seus veículos. No plano da Nissan, os assinantes não estão limitados a um único veículo durante o contrato e é possível trocar de carro todos os dias. Ou seja, o motorista pode dirigir um carro compacto durante a semana e pegar um veículo maior e mais luxuoso para viajar aos fins de semana, por exemplo.

“O programa Nissan Switch é outra maneira pela qual a empresa está testando alternativas à noção de mobilidade tradicional sem compromissos financeiros de longo prazo para nossos clientes”, afirmou Andrew Tavi, vice-presidente de assuntos externos da Nissan, em entrevista à Business Insider.

A montadora japonesa lançou um projeto piloto apenas na cidade de Houston, nos EUA, e se junta a outras concorrentes, como Lexus, Audi, BMW, Porsche, Volvo e Mercedes-Benz, que já oferecem serviços similares. Aqui no Brasil, seguradoras e locadoras de veículos também já oferecem planos de assinatura para quem quer dirigir por aí sem precisar comprar um carro.

Os prós e contras da assinatura de carros

O benefício mais significativo de um serviço de assinatura de carro é que o consumidor pode dirigir um ou mais veículos de sua escolha sem precisar fazer um grande investimento inicial e sem se comprometer a longo prazo com o automóvel. Renovada anualmente, a assinatura garante que o motorista irá sempre ter um carro novo, sem se preocupar com desvalorização de revenda.

Além disso, veículos por assinatura já vêm com seguro, taxas de documentação e custos de manutenção incluídos. Juntos, esses gastos podem aumentar consideravelmente o custo mensal de um veículo.

Por outro lado, o custo mensal de uma assinatura não é baixo. O serviço da Nissan, por exemplo, varia de US$ 600 a US$ 800 por mês, dependendo da seleção de carros incluída no pacote. No Brasil, os planos variam R$ 1 mil a R$ 3 mil por mês, também dependendo do veículo e de outros fatores, como tempo de contrato e quilometragem permitida.

Outro fator negativo dos serviços de assinatura é que, dependendo do plano, o limite permitido de quilometragem é bem restrito. Caso o motorista ultrapasse o limite do contrato, as taxas por quilômetro rodado podem causar um rombo no orçamento e fazer com que a assinatura seja bem mais cara do que a compra de um automóvel.

FONTE: Consumidor Moderno

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