Locadoras de veículos: Santander atualiza preço-alvo das ações 

O Santander atualizou as perspectivas para o segmento de aluguel de veículos e revisou os preços-alvos das ações da Armac, Localiza, Movida e Vamos.

 

O banco leva em conta os resultados publicados recentemente, as premissas macroeconômicas atualizadas e as perspectivas revisadas para os próximos anos.

Segundo os analistas Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem, que assinam o relatório, a oportunidade de mercado é composta pela maior expansão do aluguel de carros em carona, aumento da penetração do aluguel de carros no Brasil, terceirização de frota corporativa e assinaturas de carros para pessoas físicas.

Para 2023, o Santander elevou o preço-alvo da Localiza de R$ 78 para R$ 79 e da Vamos de R$ 19,5 para R$ 21, reiterando a recomendação de compra para as ações, que estão entre as cinco principais escolhas do banco no setor de transporte e logística. O valor significa alta de 53% e 88% sobre o último fechamento, respectivamente.

Em relação à Localiza, a visão positiva é baseada na posição dominante em um mercado com potencial de crescimento substancial.

“Achamos que a empresa está um passo à frente da indústria quando se trata de construir capacidades para atender grandes mercados de forma escalável”, dizem os analistas, destacando as sinergias da fusão com a Unidas.

Quanto à Vamos, eles dizem que há uma surpresa potencial proveniente da força contínua do crescimento. “Esperamos que a empresa entregue Ebitda 7% acima do consenso em 2023 e 8% em 2024, auxiliada pela continuação de um ambiente saudável no setor de frete”, afirmam, ressaltando a estratégia da Vamos de manter um estoque de caminhões Euro V para 2023, o que pode garantir uma transição suave para a locadora de caminhões e potencialmente levar a um aumento do valor de mercado da frota de caminhões.

Por outro lado, o banco cortou o preço-alvo da Armac de R$ 24,50 para R$ 20 e da Movida de R$ 21 para R$ 12, mantendo a recomendação de compra para ambas as ações. Os valores representam valorização potencial de 74% e 65%, respectivamente, em relação ao preço atual.

Em relação à Armac, os analistas destacam as perspectivas de longo prazo da Armac e estimam um robusto valor patrimonial para a empresa, mas não veem gatilho material no curto prazo. Entre os pontos positivos, estão as possíveis surpresas nos lucros, uma vez que a Armac continua se beneficiando de uma oferta de máquinas versus demanda favorável no Brasil e fortes perspectivas de crescimento, dado o mercado com pouca penetração.

No caso da Movida, eles acreditam que a empresa é um ativo barato para surfar nas tendências de mobilidade do Brasil.

Mas com um perfil de alto risco e alto retorno devido ao seu balanço altamente alavancado e margens de seminovos em rápida desaceleração. Isso, para eles, é consequência da estratégia de acelerar a compra de veículos em 2021.

“Os principais nichos de mercado que impulsionarão o crescimento das locadoras na próxima década apresentam um potencial de mercado incremental de 10,7 milhões de veículos, cerca de nove vezes o tamanho da atual frota de locadoras do Brasil ou aproximadamente 13 vezes o tamanho da frota das empresas listadas Localiza e Movida”, dizem.

Cenário desafiador

Os especialistas do banco comentam que, dado o cenário macroeconômico desafiador e as condições de crédito mais restritivas no Brasil, as solicitações e as taxas de aprovação de financiamento de veículos novos estão perdendo espaço. Destacam ainda que o desconto dos carros de um ano (usados) para o carro novo normalizou em relação ao período pré-pandemia.

Em relação ao futuro, eles dizem que, nas interações recentes com varejistas, a percepção é de que os preços dos carros usados podem cair nos próximos meses porque os varejistas estão com altos níveis de estoque enquanto o nível de atividade diminuiu.

“A boa notícia é que os varejistas estão bem capitalizados, o que significa que deve ser um efeito suave. Quando a oferta de crédito dos bancos melhorar, o que é esperado para o segundo semestre de 2023, o preço também pode melhorar”, afirmam os analistas.

O banco destaca ainda que há uma perspectiva de crescimento favorável para as atividades de locação relacionadas a veículos pesados e equipamentos no Brasil, dado o substancial mercado endereçável, o baixo nível de penetração de aluguéis e a baixa concentração de concorrentes.

Fonte: frotaemfoco.com.br

Preço-alvo de ações de locadoras

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