MAESTRO compra a mineira LOCARCity
A locadora paulista Maestro Frotas, especializada na terceirização e gestão de frotas para empresas, comprou a mineira Locarcity. Com a operação, que não teve valor divulgado, a companhia adiciona cerca de mil carros à sua frota e chega a um total de quatro mil veículos entre carros e caminhões e 200 clientes atendidos.
De acordo com Fabio Lewkowicz, fundador e presidente da Maestro, a Locarcity tem perfil de atuação parecido com o da Maestro, com foco no segmento corporativo e uma carteira de clientes diversificada, sem concentração em nenhum nome ou setor. A frota também tem uma idade média parecida, de 18 meses e depreciação na faixa de 8% a 9% ao ano. Felipe Brandão, um dos fundadores da companhia, será mantido na operação como diretor regional em Minas Gerais. A marca Locarcity será mantida no médio prazo.
Essa é a primeira aquisição da Maestro desde que foi criada, em 2007. A expectativa é fazer novas operações. “Demoramos um pouco, mas o objetivo é comprar mais se aparecerem oportunidades”, disse o executivo. De acordo com Lewkowicz, a Maestro vinha observando o mercado há algum tempo, mas até então não tinha encontrado nenhum alvo que se encaixasse no perfil procurado: carteira pulverizada, sem atuação no setor público e com foco no atendimento a empresas, sob contratos de longo prazo.
De acordo com Alberto Camões, presidente do conselho de administração da Maestro e diretor-executivo do fundo Stratus, controlador da companhia, alguns negócios já estão sendo avaliados de perto. No começo do mês, a Maestro encerrou sua terceira emissão de debêntures, no valor de R$ 62 milhões. Os recursos serão usados para o alongamento de dívidas anteriores e para aquisições.
Segundo Lewkowicz, o resultado da Locarcity já será incorporado ao balanço da Maestro no 4 trimestre. Se a operação tivesse ocorrido no 3o trimestre, a receita de locação teria crescido 38% adicionais aos 18% registrados somente pela operação da Maestro, afirmou.
Listada no Bovespa Mais desde 2015, a Maestro registrou, entre julho e setembro, receita líquida de R$ 15,77 milhões. Houve queda de 16,4% na comparação com o mesmo período do ano passado por conta da menor venda de seminovos. A companhia passou de um lucro de R$ 132 mil registrado no 3 trimestre de 2017 para um prejuízo de R$ 467 mil, resultado influenciado pelo aumento nas despesas financeiras.
O fundo Stratus comprou 75% do capital em duas operações — a primeira em 2011 e a outra em 2014. A participação restante está nas mãos dos fundadores. Quando chegou à Bovespa Mais, a Maestro tinha o objetivo de fazer uma oferta de ações em 2017 ou 2018. Mas os planos foram adiados por conta do cenários político-econômico. Camões afirma que a intenção de fazer o IPO está mantida, mas depende de um momento mais propício.