Busca por veículos por assinatura tem crescido nos últimos anos

Se por um lado o mercado de veículos seminovos e usados tem dado sinais de crescimento, os serviços de carros por assinatura também têm ganhado espaço nas garagens dos brasileiros.

 

Apesar de ainda parecer uma novidade, a assinatura de automóveis ocorre há alguns anos no Brasil. É um produto em que o cliente aluga um carro zero quilômetro por um prazo de 12 a 48 meses. E, principalmente,  não precisa se preocupar com impostos, manutenção e proteção para o veículo. Montadoras, concessionárias, locadoras, seguradora e startups estão investindo nesse serviço.

É possível assinar desde carros 1.0 manuais até modelos esportivos blindados e furgões.

O diretor da Localiza Meoo, Glauco Zebral, acredita que a assinatura é uma transformação no hábito. E uma revolução na forma de se ter um carro zero quilômetro. “O esperado é que cada vez mais os brasileiros conheçam e optem por esse modelo no lugar da compra tradicional”.

Entre 2020 e 2022, a modalidade cresceu cerca de 37,5% no país. De acordo com dados da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Veículos). A Localiza Meoo, que pertence à Localiza&Co, somava, até dezembro de 2022, 35 mil clientes com assinaturas.

O serviço parece mirar em uma mobilidade mais fluida e simples, buscando deixar de lado a burocracia que envolve a aquisição de um automóvel.

Zebral destaca que, segundo um relatório do BTG que analisou esse cenário no Brasil, as assinaturas “devem mais que triplicar” nos próximos anos. O documento também cita algumas das vantagens financeiras em relação ao carro próprio.

“[De acordo com o BTG] assinar um carro custa, em média, 40% menos do que comprá-lo via financiamento e 14% menos que adquiri-lo à vista considerando custos com seguro, manutenção, impostos e depreciação”, diz.

Para o diretor, esse contexto aliado ao aumento do IPVA e das altas taxas de juros, pode contribuir para uma “mudança gradual no hábito do consumidor”. Em suma, a posse do automóvel passa a ter menos relevância do que a conveniência e a comodidade, além da possibilidade de uma economia que pode chegar à casa dos 30%, destaca Glauco.

“O comportamento do consumidor passa por um processo de transição rápida e cada vez mais ele deixa de ser proprietário para ser usuário, inclusive de um carro. Alguns fatores justificam essa mudança. Entre eles, a busca por praticidade e flexibilidade no dia a dia e o reconhecimento que a propriedade de um veículo demanda compromissos de longo prazo, tanto financeiro quanto para gestão”, acrescenta. “Neste cenário, o carro por assinatura surge como solução que agrega mais valor ao cliente por oferecer, além do uso, um portfólio de vantagens de serviços de mobilidade que são convertidas em experiências e mais economia na jornada de mobilidade.”

Vantagens

Analistas financeiros apontam que a assinatura traz mais vantagens porque o cliente deixa de perder dinheiro com juros e depreciação. E também não fica com patrimônio imobilizado. Em vez de colocar R$ 100 mil na compra de um carro à vista, a pessoa pode investir o dinheiro e ter rendimentos, por exemplo.

“No geral, o modelo de assinatura é em média 40% mais barato que financiar o mesmo veículo e 14% mais barato que adquiri-lo à vista (considerando contratos com duração de 24 meses)”, aponta um relatório do banco BTG Pactual. O BTG considera que o mercado de locação está em estágio inicial no Brasil. E tem grande potencial de expansão, especialmente no setor de PME (Pequenas e Médias Empresas) e de pessoas físicas.

A Porto Seguro, por exemplo, teve 76% de crescimento de receita, e 26% de aumento de frota, em sua divisão de assinaturas no serviço no terceiro trimestre deste ano. Comparando com o mesmo período de 2021. A frota atual supera 14 mil veículos.

“Iniciamos em 2016. Desde então, o crescimento tem sido constante. A demanda tem superado nossas expectativas, principalmente em períodos mais recentes”, diz Gustavo Fehlberg, responsável pelo serviço na Porto.

“O número de assinantes do Movida Zero KM cresceu 40% em 2022 na comparação com o mesmo período de 2021”, diz Felipe Zogbi, diretor-executivo do serviço. “A estimativa é que a modalidade continue com esse ritmo de crescimento em 2023. Apenas o Estado de São Paulo representa cerca de 60% do total de clientes.”

“Este ano teve um saldo muito positivo na locação de veículos em geral. As pessoas voltaram a sair de casa e viajar”, diz David Silva, diretor comercial da Livre, ligada à locadora Unidas. “Com a retomada dos eventos e atividades comerciais, a demanda está cada vez mais aquecida.”(Com Folhapress)

 

Fonte: folhadelondrina.com.br

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